Polícia prende primeiro integrante da Mancha Verde envolvido em morte de cruzeirense
Na casa do suspeito, foram apreendidos dois capacetes, roupas da torcida organizada e uma barra de ferro
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta sexta-feira (1°), o primeiro suspeito de envolvimento na briga entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro, no último domingo (27), em Mairiporã, na Grande São Paulo. Um cruzeirense morreu e outros 17 ficaram feridos, sendo um em estado grave.
A operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo contra a torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, começou logo cedo. A sede da torcida foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça de Mairiporã.
Outros locais ligados à torcida e aos diretores da Mancha foram vasculhados em busca de provas sobre a emboscada realizada contra integrantes da Máfia Azul, do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias.
Na emboscada, integrantes da Mancha Verde mataram José Victor Miranda, de 30 anos. Ele teve o corpo queimado e foi espancado com golpes de barra de ferro pelo bando palmeirense.
Além das buscas, policiais foram às ruas para prender seis acusados de participar do massacre: Jorge Luiz Sampaio e Felipe Matos dos Santos, presidente e vice da torcida, e outros quatro integrantes da diretoria, Leandro Gomes dos Santos; Henrique Moreira Lelis; Neilo Ferreira, conhecido como Lagartixa, e Silva Aurélio Andrade de Lima. Nenhum deles foi encontrado.
Durante as buscas, policiais civis apreenderam telefones celulares com mensagens sobre a emboscada. Os investigadores, então, conseguiram identificar outros integrantes da torcida que participaram do ataque.
Um deles é Alekssander Ricardo Tancredi, de 32 anos, que foi detido. Ele teve a prisão temporária decretada por 30 dias. Segundo os investigadores, ele tem antecedentes criminais e já tinha sido indiciado por brigas de torcida.
Na casa dele foram apreendidos dois capacetes, roupas da Mancha Verde e uma barra de ferro. Os advogados do presidente da torcida e da Mancha Cerde disseram que, por enquanto, os acusados não vão se entregar à polícia.