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Polícia Civil investiga ONGs por desvio de verbas da Cultura em Goiânia

Entidades são suspeitas de usar fachada para captar quase R$ 2 milhões com apoio político

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A Polícia Civil de Goiânia investiga duas ONGs suspeitas de desviar verbas públicas da Secretaria Municipal de Cultura. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra as duas entidades que, segundo os investigadores, operavam em um esquema de desvio de recursos públicos.

De acordo com a polícia, entre 2023 e 2024, cerca de R$ 2 milhões foram repassados pela secretaria às ONGs. O valor deveria ter sido usado na realização de eventos culturais, mas foi desviado.

O delegado Bruno Barros afirmou que as entidades pertencem ao mesmo grupo familiar, não há comprovação da execução dos eventos e que elas foram criadas apenas com o intuito de captar os recursos públicos.

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Durante as buscas nas residências dos investigados, a polícia apreendeu esmeraldas, dinheiro e cheques. As joias foram encontradas na casa do ex-secretário municipal de Cultura, Zander Fábio, um dos alvos da operação. As investigações apontam ainda que as ONGs não têm experiência na área cultural.

Além da suspeita de fraude nos documentos, os policiais descobriram que as entidades não funcionam nos endereços registrados. A denúncia que originou a investigação foi anônima e destacava exatamente essa irregularidade: o uso das ONGs como fachada para captar verba pública com aprovação política.

Os repasses às organizações foram feitos durante a gestão anterior da Secretaria Municipal de Cultura. Em nota, a pasta informou que está colaborando com as investigações.

O delegado reforçou que se trata de um processo viciado, que gerou prejuízo aos cofres públicos. Ele destacou que não houve análise técnica, cronograma nem estrutura mínima para a execução dos projetos.

Em nota, a defesa de Zander Fábio declarou que o ex-secretário não participou da proposta ou execução dos desvios e que ele não tem responsabilidade sobre o caso.

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