Onda de crimes na Lapa, bairro boêmio do Rio, assusta moradores
De acordo com a polícia civil, crime mais frequente é o furto de celulares; em média, são 12 por dia
O bairro da Lapa, um dos principais redutos boêmios do Rio de Janeiro e importante ponto turístico da cidade, tem sofrido com a rotina de violência. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o flagrante de assaltos na região, que viu o número de furtos crescer no último ano.
O crime mais frequente é o furto de celulares. Em média, são 12 por dia. Em um vídeo que circula na internet, dois homens em uma moto se aproximam de um outro homem, que está com o celular na mão e logo tem o aparelho levado pelo garupa. Outras imagens mostram um grupo atacando dois turistas. Um deles é enforcado até perder a consciência. O outro é agarrado, tem objetos roubados e é agredido com socos.
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Os registros foram feitos por moradores da Lapa na última sexta-feira (5). No mesmo dia, a Polícia Civil realizou uma operação para reprimir os bandidos que atuam no bairro. A ação contou com oito policiais civis dos setores de inteligência e investigação que estavam disfarçados e monitoravam os grupos. Eles conseguiram prender quatro assaltantes em flagrante. Dois deles chegaram a entrar em luta corporal com os policiais.
A investigação descobriu que os celulares roubados são levados diretamente para o mercado popular da Uruguaiana, no Centro do Rio, onde são vendidos.
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Ao SBT, a historiadora Lívia Lima conta que trabalha na região e já foi assaltada duas vezes. Em uma das ocasiões, ela perdeu o celular. Os assaltantes chegaram a enviar mensagens com fotos de armas para a ameaçá-la. “Eu guardo dentro da roupa, eu boto no fundo da mochila ou dentro da bolsa, de uma maneira que não tenha mais como pegar com facilidade", revelou.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio, os furtos em geral na região aumentaram, em média, mais de seis por cento em um ano. O furto de celulares teve alta de quase 23%, enquanto os demais subiram 8,5%.
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A região da Lapa também ganhou o noticiário na semana passada quando veio à tona o caso de uma turista estrangeira, de 25 anos, que revelou ter sido vítima de estupro coletivo em uma boate. Após a repercussão do caso, outra mulher procurou a Comissão da Mulher, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e revelou que também foi vítima de estupro na casa de festas Portal Club. Segundo ela, o caso aconteceu em novembro do ano passado. Ela conta que foi levada, inconsciente, para um "dark room" -- um cômodo escuro usado para encontros íntimos. A casa noturna foi interditada na semana passada.