Megaoperação com 200 mandados mira ecossistema do PCC no centro de São Paulo
Participam da operação mais de mil agentes das policiais civis e militares, além de Ministério Público, prefeitura, governo do estado e outros órgãos
A Polícia Civil e o Ministério Público (MPSP) realizam, na manhã dessa terça-feira (6), uma megaoperação contra a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no centro de São Paulo.
Serão cumpridos mais de 200 mandados expedidos pela Justiça, sendo sete de prisão, 117 de busca e apreensão, 46 de sequestro e bloqueio de bens e 44 de interdição de imóveis.
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Segundo o MPSP, há um ecossistema de atividades criminosas, controladas pelo PCC, no coração da capital paulista. Na região, ocorre uma violação sistemática aos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade, como os dependentes químicos e moradores de rua.
"O tráfico de entorpecente é apenas uma das atividades dentro do repertório criminoso dessa região, que envolve profusas atividades ilícitas, como o comércio ilegal e receptação de peças veiculares, armas e celulares; contaminação do solo com a reciclagem e ferro-velho; exploração da prostituição; captação ilegal de rádios transmissores da polícia; submissão de pessoas a trabalho análogo a escravo, entre outras graves violações a direitos humanos", afirmam os promotores do MPSP.
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Os imóveis alvos da operação serão lacrados por agentes da prefeitura de São Paulo, buscando garantir que os criminosos não voltem aos endereços.
As famílias que vivem nesses espaços, sem vínculo algum com o crime organizado, serão atendidas por equipes multidisciplinares, composta por profissionais da saúde e da assistência social.
As equipes realizarão acolhimento inicial, seguido da triagem, encaminhando as famílias aos equipamentos do estado e do município, como a Central Integrada de Atenção e Acolhimento, o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, unidades de saúde e abrigos de passagem, de acordo com a necessidade de cada um.
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Além da Prefeitura de São Paulo, o Governo de São Paulo apoia a operação, fornecendo alimentação, documentos básicos, kits com roupas e produtos de higiene pessoal.
A megaoperação foi planejada ao longo do ano pelos centros de inteligência das forças de segurança e do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
A ação conta com a participação de mais de mil agentes das policiais civis e militares, além de rodoviários federais, promotores públicos e representantes das subprefeituras da capital e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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O efetivo é apoiado por viaturas, helicópteros, drones e cães farejadores do 5º BPChoque (Canil) e de pelo menos outros três batalhões da polícia.