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Polícia

Hytalo Santos é preso por suspeita de tráfico humano e exploração sexual infantil

Ministério Público e forças de segurança cumprem mandados contra o influenciador e seu marido, Israel Natan Vicente

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Reprodução/Redes sociais
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Hytalo Santos foi preso na manhã desta sexta-feira (15), em São Paulo, por suspeita de envolvimento em crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. Além do influenciador, também foi detido Israel Natan Vicente, companheiro dele.

As prisões foram determinadas pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba, sob ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa. Os promotores justificaram a prisão preventiva dos dois como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas, condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido desde o início das investigações.

A operação foi conduzida pelo Ministério Público do Estado da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em parceria com o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil da Paraíba (UNINTEPOL e DECC) e o CIBERLAB (Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública).

A prisão, efetuada por policiais civis do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), ocorreu em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, além do cumprimento do mandado de prisão temporária expedido pela Justiça da Paraíba, os agentes também realizaram buscas no endereço onde ele foi localizado, em cumprimento a ordem judicial.

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Defesa de Hytalo

Em nota, a defesa de Hytalo Santos informou que até o momento não teve acesso ao conteúdo da decisão que determinou a prisão.

Ainda de acordo com eles, isto impossibilita uma manifestação mais detalhada e assim que tiverem acesso ao documento irão adotar todas as medidas judiciais cabíveis. A defesa reafirma a inocência do influenciador e permanece acompanhando o caso.

Nota do MP-PB

De acordo com o Ministério Público, as investigações vêm sendo conduzidas com rigor técnico e respeito à dignidade das vítimas, especialmente crianças e adolescentes. No entanto, o vazamento de informações sigilosas e ações civis não relacionadas ao processo criminal têm prejudicado o trabalho investigativo e colocado as vítimas em risco.

As autoridades destacam a gravidade do tráfico humano dentro das próprias fronteiras estaduais. "O enfrentamento dessa prática criminosa exige atuação coordenada, técnica e fundamentada, de modo a garantir a responsabilização dos autores e a salvaguarda dos direitos humanos", afirma o MPPB em nota à imprensa.

"É importante destacar a necessidade do efetivo combate ao tráfico humano em âmbito estadual, pois se trata de uma grave violação de direitos que, embora muitas vezes menos visível que o transnacional, provoca impactos profundos nas comunidades locais. Nesse contexto, vítimas — frequentemente oriundas de situações de vulnerabilidade socioeconômica — são aliciadas, transportadas e exploradas dentro das fronteiras do próprio estado, seja para fins de exploração sexual, trabalho análogo à escravidão ou outras formas de servidão", diz o texto.

O Ministério Público e as instituições envolvidas reforçaram o compromisso de proteger crianças e adolescentes e pediram apoio da sociedade para denunciar de forma responsável e preservar a dignidade das vítimas.

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Investigações

O influenciador digital está sendo investigado por exploração de crianças e adolescentes. O caso ganhou ainda mais repercussão após vídeo viral do youtuber Felca, em que denuncia a adultização infantil nas redes sociais.

Mas as investigações contra Hytalo começaram antes, em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho.

Segundo o Ministério Público, "muitas dessas filmagens envolviam bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual".

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Após a repercussão do vídeo de Felca, a Justiça também determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo, proibiu contato com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização dos conteúdos.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em suas residências, recolhendo eletrônicos para análise pericial.

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