Homem faz esposa refém na Grande São Paulo e transmite ao vivo nas redes sociais
Suspeito de 44 anos foi preso após quatro horas de negociação e levado para atendimento psiquiátrico
Da redação
Um homem de 44 anos fez a esposa refém e foi preso após uma negociação de quatro horas com a Polícia Militar, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Durante a ação, ele transmitiu parte do ocorrido ao vivo pelas redes sociais. Segundo a polícia, o suspeito apresentava sinais de um surto psicótico.
Identificado como Marcelo Fernandes Chiariello, após ser detido, ele foi encaminhado para uma unidade de atendimento psiquiátrico em São Bernardo do Campo.
De acordo com vizinhos, a confusão começou após uma discussão envolvendo uma vaga de garagem. Marcelo teria se irritado ao ser informado por um morador de que não poderia usar o espaço. Ele então voltou para casa, onde vive com a esposa, e retornou à rua com uma arma. Testemunhas afirmam que ele realizou dois disparos em tom de ameaça.
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Imagens de câmeras de segurança mostram Marcelo conversando com o dono de uma van antes da chegada da polícia.
Ao ouvirem os tiros, moradores acionaram os policiais. Quando os PMs chegaram, encontraram o homem dentro da residência, exaltado, mantendo a esposa no local e impedindo que ela saísse.
"A gente entende que se ela está lá e não pode sair, está contra a vontade dela. Então, se está contra a vontade, mesmo que naquele momento não haja uma violência contra ela, ela está em cárcere, está sendo privada de seus direitos", afirma o major da PM de São Paulo, Wellington dos Reis.
Marcelo usou as redes sociais para divulgar vídeos em que fazia exigências. Depois, tentou fugir pelo telhado da casa, mas foi rendido pelas equipes que já estavam posicionadas.
O major explicou que foi necessário o uso de uma arma de incapacitação neuromuscular para conter o suspeito: "ele estava no telhado e nós já tínhamos equipes posicionadas. Foi necessário fazer uso de arma de incapacitação neuromuscular para que ele parasse, que ele caísse, se lesionasse".
A polícia informou que Marcelo já tem antecedentes criminais. O advogado do suspeito afirmou que ele foi diagnosticado com transtorno bipolar há mais de dez anos e estava sem tratamento médico nos últimos meses.