Golpista que vendia carteiras de identidade, CNHs e CPFs por R$ 3 mil é preso no Entorno do DF
Falsário conhecido como "Carioca" foi alvo de operação da Polícia Civil em Águas Lindas de Goiás, onde mantinha laboratório para produzir documentos falsos


Isabela Guimarães
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na manhã desta quinta-feira (16) um falsificador de alto nível conhecido como "Carioca", durante a operação Identidade Sombria. O golpista foi encontrado em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, onde mantinha um verdadeiro laboratório para a produção de documentos falsos.
De acordo com as investigações conduzidas pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), o caso teve início após a prisão de um motorista que apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa durante uma blitz. A partir daí, os agentes de inteligência rastrearam a origem do documento e chegaram ao falsário, considerado perigoso e com atuação interestadual.
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Durante o cumprimento dos mandados de busca e prisão preventiva, os policiais encontraram diversos espelhos em branco de CNHs, carteiras de identidade e CPFs, além de papel moeda, impressoras a laser, HDs com matrizes digitais em CorelDraw e cadernos com anotações de encomendas. Segundo a PCDF, cada documento era vendido por cerca de R$ 3 mil.
O delegado Erick Sallum, responsável pela operação, explicou que o criminoso já era foragido do Rio de Janeiro, onde respondia a quatro processos por estelionato e falsificação de documentos, além de um processo suspenso no DF pelo mesmo tipo de crime.
"Ele usava documentos falsos para se esconder e continuar atuando. Agora foi preso preventivamente e vai responder por todos os processos pendentes, tanto no DF quanto no Rio de Janeiro", afirmou o delegado.
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Com a apreensão de dezenas de documentos já adulterados, o falsário poderá responder por cada falsificação individualmente, o que pode elevar a pena de forma significativa. A Polícia Civil reforçou que a compra e o uso de documentos falsos também configuram crime, mesmo que o material não tenha sido usado em golpes. Todos os nomes encontrados nas anotações apreendidas serão investigados.
"A falsificação de documentos é uma das engrenagens do crime organizado. Combater esse tipo de prática é essencial para preservar a confiança nas instituições públicas", destacou o delegado Sallum.
O falsário foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça do Distrito Federal e do Rio de Janeiro.