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Polícia

Contraventor Adilsinho é alvo de buscas em investigação sobre morte do advogado no Centro do Rio

Agentes da Delegacia de Homicídios cumpriram mandados de busca contra 10 investigados pelo atentado, incluindo quatro policiais militares

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Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) cumpriram nesta terça-feira (9) 21 mandados de busca e apreensão contra dez pessoas investigadas por envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no centro do Rio de Janeiro.

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Um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de componentes de arma de fogo. Na ação, um fuzil, uma carabina, três pistolas, munições, telefones, computadores, carregadores e R$ 47, 5 mil também foram apreendidos.

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Segundo as investigações, um dos alvos da operação é o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, Adilsinho, apontado como líder de uma organização criminosa envolvida na exploração de jogos ilegais e no comércio de cigarros, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão contra policiais militares investigados por envolvimento no homicídio. A ação teve apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Três pessoas já estão presas por participação no assassinato. Outros nove indivíduos são investigados, dentre eles quatro policiais militares (dois do 15º BPM – Duque de Caxias, um do 39º BPM – Belford Roxo, e um quarto que está cedido para outro órgão).

Crime

A execução aconteceu por volta das 17h do dia 26 de fevereiro deste ano. A vítima estava caminhando com um outro homem em frente ao seu escritório, a cerca de 50 metros da sede da OAB. As imagens das câmeras de segurança mostraram o momento em que o advogado foi atingido tidos disparados por um homem encapuzado que já estava vigiando a vítima. Ele saiu de um carro branco que estava na frente do prédio. Foram ao menos dez disparos na região do rosto e do tórax do advogado.

Investigação

A investigação sobre a morte de Rodrigo Crespo apontou que um dos suspeitos conversou com outro advogado, na porta de um condomínio, horas antes do crime. Três supostos envolvidos no assassinato já foram presos: Eduardo Sobreira Moraes, Cézar Daniel Mondêgo de Souza e o policial militar Leandro Machado da Silva. Os dois primeiros foram responsáveis por monitorar intensamente a vítima, e o último foi incumbido do aluguel do veículo utilizado na vigilância. Ficou comprovado que o trio se encontrou antes e depois do crime, nos arredores do 15º BPM.

Câmeras de monitoramento registraram um carro branco, usado para monitorar a vítima, estacionando em frente a um condomínio na Barra da Tijuca. Cézar Mondego é visto descendo do carro, ao telefone, enquanto Eduardo Sobreira permanece no veículo.

Depois, Cézar vai à recepção e aguarda por dois minutos, entrando no condomínio na sequência. O suspeito é visto andando até uma área de recreação, onde encontrou o advogado Pablo Filipe Moraes. Os dois se abraçaram e conversaram por quase 15 minutos.

Cézar e Eduardo deixaram o local às 16h32, cerca de 45 minutos antes do assassinato do advogado Rodrigo Crespo.

Pablo é sócio do advogado Renato Darlan, filho do desembargador Siro Darlan. Os dois foram presos na Operação Plantão 2, em abril de 2020, que investigava a venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Rio.

Em nota, Pablo assumiu que Cézar foi ao condomínio para parabenizá-lo pelo aniversário e que conhece o suspeito há alguns anos, mantendo boa relação. Mas disse que, se ele estiver envolvido no crime contra um colega, espera que a Justiça seja feita, com a condenação do suspeito.

Rodrigo Marinho Crespo

O advogado, de 42 anos, era graduado pela Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e atuava desde 2012 em escritórios de advocacia. Rodrigo chegou a ser auditor no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado do Rio de Janeiro (TJD/RJ). Ele se especializou também em processo civil e corporativo. Atualmente, era sócio do escritório Marinho & Lima Advogados desde 2022.

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