EUA retiram Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo
País sofria com sanções econômicas e embargos; governo brasileiro comemorou decisão
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou a Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Em comunicado publicado na terça-feira (14), a Casa Branca informou que a decisão faz parte de um acordo negociado pela Igreja Católica. Em troca, Cuba se comprometeu a libertar “um número substancial” de presos políticos.
Cuba estava presente na lista de nações que apoiam o terrorismo desde 1982. Em 2015, o país chegou a ser retirado pelo presidente Barack Obama, mas voltou à lista durante o primeiro mandato de Donald Trump, em 2021.
Para a nova decisão, o governo norte-americano baseou-se nas ações de Cuba, que não forneceu apoio ao terrorismo nos últimos meses e garantiu que não apoiaria atos do tipo no futuro. “Esse propósito orientou nossas políticas para reunificar famílias cubanas, fortalecer laços culturais e educacionais entre Cuba e os Estados Unidos”, diz o comunicado.
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Com a saída de Cuba, apenas três países permanecem na lista de patrocinadores do terrorismo: Síria, Coreia do Norte e Irã. Todos recebem sanções econômicas e embargos dos Estados Unidos por fornecer algum tipo de suporte a atividades extremistas.
Brasil comemora
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil comemorou a decisão do governo norte-americano. Em nota, a pasta disse que a medida era “injusta” e que é de um “amplo conhecimento que Cuba colabora ativamente para a promoção da paz”.
“As medidas de alívio adotadas pelos Estados Unidos vão no sentido correto e constituem ato de reparação e de restabelecimento da justiça e do direito internacional. O governo brasileiro faz votos de que essas medidas possam apontar o caminho para um padrão de relacionamento construtivo entre Cuba e Estados Unidos”, disse o ministério.