Polícia

Caso Benício: Justiça autoriza perícia em sistema hospitalar após nova versão de médica investigada

Polícia apreendeu celular e documentos da médica Juliana Brasil Santos e investiga se sistema do hospital alterou prescrição feita por ela

Imagem da noticia Caso Benício: Justiça autoriza perícia em sistema hospitalar após nova versão de médica investigada
Benício morreu após receber dose de adrenalina na veia | Reprodução

A Polícia Civil realizou buscas no condomínio onde mora a médica Juliana Brasil Santos e apreendeu seu celular e documentos que podem ajudar na investigação sobre a morte de Benício Xavier. A criança de seis anos morreu após atendimento no Hospital Santa Júlia, em Manaus, em novembro deste ano.

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A Justiça do Amazonas autorizou a perícia no sistema do hospital para verificar se há possibilidade de alterações automáticas nas prescrições médicas. O procedimento foi realizado por peritos e integra a investigação, que ganhou um novo rumo após a defesa da médica mudar novamente a versão dos fatos.

Inicialmente, Juliana Brasil havia admitido erro na prescrição feita para Benício. Agora, os advogados afirmam que o sistema do hospital teria alterado automaticamente as indicações da médica.

Benício deu entrada no hospital com tosse seca e suspeita de laringite. Segundo a família, a médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa. A técnica de enfermagem de plantão aplicou o medicamento na veia do menino conforme prescrição médica, e ele morreu em seguida.

Nesta quarta-feira, a polícia ouviu as últimas testemunhas do caso: os donos e gestores do Hospital Santa Júlia. O fundador da unidade reconheceu que protocolos de segurança não foram seguidos e declarou que o hospital lamenta o ocorrido.

O delegado responsável pela investigação informou que mais dois médicos podem ser responsabilizados pela morte da criança. De acordo com ele, esses profissionais não realizaram corretamente os procedimentos necessários para a intubação de Benício na UTI.

Ainda nesta semana, a Justiça negou o pedido de prisão da médica Juliana Brasil Santos e da técnica de enfermagem Raiza Bentes Praia. No entanto, determinou medidas cautelares, como a suspensão dos registros profissionais das duas por um ano.

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