Bolsonaro, ex-integrantes do governo e militares: veja quem foi indiciado em investigação de golpe
Lista contém 25 militares ativos, na reserva ou reformados, além de outros nomes como Valdemar Costa Neto, presidente do PL
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) 37 pessoas envolvidas em tentativa de golpe de Estado contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na lista da PF, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, constam nomes de ex-integrantes do governo e de militares do alto escalão do Exército.
Integrantes do governo Bolsonaro
Na lista da Polícia Federal foram indiciadas oito pessoas que tiveram cargos durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2018 e 2022, além do próprio ex-presidente da República.
- Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República;
- Walter Souza Braga Netto: ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- Anderson Gustavo Torres: ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: ex-ministro da Defesa;
- Alexandre Rodrigues Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal pelo Partido Liberal (PL);
- Mauro César Barbosa Cid: ex-ajudante de ordens da presidência;
- Tércio Arnaud Tomaz: ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Filipe Garcia Martins: ex-assessor especial de Bolsonaro.
Gabinete jurídico do golpe
Entre os 37 nomes divulgados pela Polícia Federal, cinco deles são apontados como integrantes do "gabinete jurídico", que teria formatado os decretos e a minuta que serviriam para um golpe de Estado no Brasil.
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- Amauri Feres Saad: advogado;
- José Eduardo de Oliveira e Silva: padre da Igreja Católica, da Paróquia São Domingos, em Osasco.
Além dos dois indiciados, o gabinete também era composto por Anderson Torres, Mauro Cid e Filipe Martins.
Militares investigados por tentativa de golpe
Dos 37 nomes que foram indiciados por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 25 deles são militares, visto que 13 ainda estão ativos no Exército. Confira:
Militares na ativa:
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira: general do Exército;
- Nilton Diniz Rodrigues: general do Exército;
- Alexandre Castilho Bitencourt da Silva: coronel do Exército;
- Anderson Lima de Moura: coronel do Exército;
- Bernardo Romão Corrêa Netto: coronel do Exército;
- Cleverson Ney Magalhães: coronel do Exército;
- Fabrício Moreira de Bastos: coronel do Exército;
- Guilherme Marques de Almeida: tenente-coronel do Exército;
- Hélio Ferreira Lima: : tenente-coronel do Exército;
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior: tenente-coronel do Exército;
- Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros: tenente-coronel do Exército;
- Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira: major do Exército e integrante dos "kids pretos".
Militares na reserva:
- Jair Messias Bolsonaro: ex-capitão do Exército e ex-presidente da República;
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mário Fernandes: general do Exército;
- Laércio Vergilio: general do Exército;
- Walter Souza Braga Netto: general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira: general do Exército e ex-ministro do GSI;
- Carlos Giovani Delevati Pasini: coronel do Exército;
- Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército;
- Angelo Martins Denicoli: major do Exército;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros: ex-capitão do Exército.
Outros indiciados
Além de militares, ex-integrantes do governo Bolsonaro e investigados do "gabinete jurídico", outros nomes também foram indiciados pela Polícia Federal como o do marqueteiro do presidente da Argentina, Javier Milei.
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- Carlos César Moretzsohn Rocha: engenheiro contratado para questionar as urnas nas eleições de 2022;
- Fernando Cerimedo: marqueteiro do presidente da Argentina, Javier Milei;
- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: neto de João Batista Figueiredo, último presidente militar da ditadura no Brasil.
- Valdemar Costa Neto: presidente do Partido Liberal, legenda de Bolsonaro.
- Wladimir Matos Soares: policial federal;
- Marcelo Bormevet: policial federal.