Adolescente que matou família disse que "faria tudo de novo", conta a avó
O rapaz, de 14 anos, confessou o crime à polícia; pais e irmão foram enterrados no Rio de Janeiro
SBT News
Alô, Você
O adolescente de 14 anos que confessou à polícia ter matado os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro, disse que "faria tudo de novo".
"Ele confessou que matou o pai primeiro, depois atirou na mãe. Nisso, o irmãozinho acordou. Em momento algum ele mostra arrependimento. Falou que faria tudo de novo", disse Regina Teixeira, avó paterna do rapaz.
Ele foi apreendido na quarta-feira (25). O crime aconteceu no sábado, na casa da família. O adolescente teria atirado nos pais e no irmão depois que foi impedido de viajar para o Mato Grosso, onde iria se encontrar com uma garota, com quem namorava à distância. Revoltado, o adolescente usou a arma do pai para atirar nos três familiares enquanto dormiam.
A namorada foi ouvida pela polícia e disse que sabia do crime. Veja mais detalhes aqui.
+ Adolescente de 14 anos que matou família era tranquilo e calado, diz tia
O caso
Na terça-feira (24), o adolescente foi à delegacia acompanhado da avó paterna para relatar o desaparecimento da família. Ele contou aos agentes que os pais, Inaila Teixeira, de 37 anos, e Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, teriam levado o irmão ao médico, mas não retornaram para casa e nem atenderam ligações, desde então.
No boletim de ocorrência, o jovem contou que o bebê havia engolido um pedaço de vidro, mas nenhuma unidade de saúde registrou atendimento a casos parecidos.
A polícia realizou buscas na residência e localizou vestígios de sangue no colchão, roupas sujas, sinais de queimadura e uma mala com dois celulares. Um forte odor vinha do reservatório de água da residência, onde os corpos foram localizados. Levado de volta à delegacia, o adolescente confessou.
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães de Silva, o crime foi premeditado. Antes de ser apreendido, o adolescente apagou todas as mensagens trocadas com a suposta namorada virtual.
A polícia apura se ele teve ajuda para ocultar os corpos e se agiu também por interesse financeiro, já que teria pesquisado "como receber FGTS de falecido".
+ Caso Juliana Marins: Autoridades da Indonésia divulgam resultado da autópsia
+ Homem incendeia vagão de metrô na Coreia do Sul após divórcio; veja vídeo