Polícia

Abin paralela: PF faz operação para prender suspeito de divulgar fake news que tinha acesso ao Congresso

Polícia Federal deflagrou nova fase da Última Milha, força-tarefa que investiga suposto monitoramento ilegal de autoridades no governo Bolsonaro

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PF deflagrou quinta fase da operação Última Milha nesta quinta (10) | Divulgação/Polícia Federal
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Um suspeito de divulgar fake news que tinha acesso ao Congresso Nacional e fazia parte do esquema conhecido como Abin paralela foi alvo de mandado de prisão preventiva nesta quinta-feira (10), em Brasília (DF). A quinta fase da operação Última Milha (relembre abaixo), da Polícia Federal (PF), também cumpriu duas ordens de busca e apreensão. Mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O suspeito, conforme a PF, recebia conteúdos de desinformação "produzidos pela organização criminosa", ou seja, pela Abin paralela, "e os disseminava valendo-se de seu acesso ao parlamento federal".

O investigado ainda enviava esses materiais a "agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro". A corporação também descobriu que esse divulgador de fake news continuou atuando "mesmo após a desarticulação do grupo", publicando notícias falsas nas redes sociais.

O que é Abin paralela?

A operação Última Milha investiga organização criminosa suspeita de se apropriar de sistemas comprados legalmente para uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como o software FirstMile, com objetivo de produzir notícias falsas e monitorar ilegalmente autoridades públicas, como políticos e ministros do STF, além de advogados, jornalistas, servidores públicos e policiais.

O grupo, segundo a PF, atuou na própria agência durante gestão do ex-diretor da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Próximo da família do ex-chefe do Executivo, o parlamentar concorreu a prefeito do Rio de Janeiro nas eleições municipais de 2024, mas foi derrotado no primeiro turno para o reeleito Eduardo Paes (PSD).

Investigados na operação podem responder por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

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