Suspeito de lavar dinheiro para o PCC, presidente afastado da UPBus é preso
Empresa de ônibus estaria sendo usada em esquema da principal facção criminosa paulista
O presidente afastado da UPBus foi preso nesta terça-feira (16), em São Paulo, por descumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça. Ele é suspeito de usar a empresa de ônibus para lavar dinheiro da principal facção criminosa paulista, o PCC.
Ubiratan Antônio da Cunha, de 53 anos, foi preso na UTI de um hospital na zona leste da capital paulista. Ele fraturou o fêmur em um acidente doméstico, foi internado no fim de semana e passou por uma cirurgia na segunda-feira (15).
Em abril, a Justiça decretou a intervenção na empresa de ônibus. A suspeita é que ela seja comandada pelo PCC. 19 pessoas são acusadas de envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas na empresa de transporte coletivo.
Ubiratan responde ao processo por lavagem de dinheiro e organização criminosa e estava proibido de entrar na UPBus, ter contato com funcionários e de se aproximar dos diretores que assumiram o comando da empresa por ordem da Justiça. Segundo o Ministério Público, ele fez exatamente o contrário.
De acordo com os promotores, ele esteve na empresa, no mês passado, e foi filmado por câmeras de segurança entrando na garagem. Segundo a Justiça, as câmeras dentro da empresa não estavam gravando naquele dia, misteriosamente, quando o presidente afastado apareceu.
Ainda segundo a Justiça, Ubiratan usou funcionários da UPBus para tentar levar o interventor até um encontro com ele para tomar um café. Isso provaria o risco de manipulação de testemunhas e documentos.
Há três semanas, a Polícia Civil apreendeu 23 armas na casa de Ubiratan. Ele tem registro de CAC, colecionador, atirador esportivo e caçador. O presidente afastado da UPBus deverá ser transferido para um presídio, assim que receber alta.