Jovem boliviana é resgatada em situação análoga à escravidão em São Paulo
Polícia resgatou além da jovem, outras nove pessoas; local apresentava condições insalubres de trabalho

Agência SBT
A Polícia de São Paulo resgatou, nesta sexta-feira (10), dez pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão em uma fábrica localizada no bairro Jaraguá, na zona norte da capital paulista. Entre as vítimas está uma adolescente de origem boliviana que era procurada pela família.
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A ação ocorreu após uma denúncia recebida pela Polícia Militar. O local onde os trabalhadores foram resgatados apresentava condições insalubres, com aparelhos danificados e ambientes sem higiene adequada.
O caso foi encaminhado à Polícia Federal, responsável por investigar crimes relacionados ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas. A unidade deve apurar as condições de trabalho e a possível existência de aliciamento de estrangeiros.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde da adolescente boliviana.
Segundo caso neste mês
Esse não é o primeiro caso de pessoas resgatadas em condição de trabalho escravo. Na última terça-feira (7) uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Polícia Civil de São Paulo resgatou 17 trabalhadores de um restaurante japonês localizado na zona norte da capital de São Paulo.
De acordo com o MPT, parte dos trabalhadores não possuía registro em carteira e vivia em uma casa mantida pelo próprio empregador, que também funcionava como alojamento.
O local apresentava condições insalubres, com camas improvisadas na cozinha, banheiros sem higiene adequada, paredes cobertas por mofo e umidade, além de fiação elétrica exposta.
Cadastro de empregadores
Na segunda-feira (6), o Ministério do Trabalho e Emprego atualizou o Cadastro de Empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “lista suja do trabalho escravo”.
Segundo a nova atualização, 155 novos nomes foram incluídos, sendo 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, um aumento de 20% em relação à lista anterior. O cadastro é público e tem como objetivo inibir práticas abusivas e promover a transparência sobre empregadores que violam direitos trabalhistas.