Polícia

Polícia do RJ desarticula quadrilha ligada a facção que extorquia empresas no entorno da Reduc

Grupo cobrava até R$ 100 mil por mês, ameaçava funcionários e impunha contratações em empresas do setor de petróleo na Baixada Fluminense

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou, nesta quinta-feira (27), uma quadrilha que atuava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e que extorquia empresas do setor de petróleo instaladas no entorno da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), administrada pela Petrobras.

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O grupo usava violência, ameaças e sabotagem para impor pagamentos e controlar contratações.

Segundo as investigações, a quadrilha era liderada por Joab da Conceição Silva, ligado ao Comando Vermelho. Ele determinava que empresas pagassem valores mensais entre R$ 50 mil e R$ 100 mil a traficantes da região.

O grupo também é investigado por ameaças de incêndio de caminhões, agressões a funcionários, interrupção deliberada das atividades das companhias, impedir o acesso a instalações industriais e impor regras operacionais aos setores afetados.

A operação começou nas primeiras horas da manhã e resultou em duas prisões na quinta-feira. No total, equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em diversos endereços da Baixada Fluminense.

Na casa de Joab, a polícia encontrou a companheira e a cunhada, mas o criminoso não foi localizado.

Qual era o papel do pastor envolvido no esquema?

O pastor Cláudio Corrêa da Silva também foi alvo da ação. Ele seria o responsável por ir pessoalmente às empresas para repassar as ordens de Joab.

Em novembro, o pastor foi preso em Betim (MG) transportando uma pistola, seis granadas artesanais, munições e dinheiro. Ele admitiu que havia levado os explosivos de Duque de Caxias para intimidar trabalhadores e interromper serviços na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.

As investigações apontam que criminosos controlavam ilegalmente processos seletivos de empresas próximas à Reduc, indicando candidatos sem qualificação. Parentes e aliados de traficantes eram contratados para ocupar vagas industriais e administrativas.

Um dos casos identificados é o da companheira de Joab, admitida poucos dias antes do ataque à delegacia de Campos Elíseos, também em Duque de Caxias — crime que, segundo a polícia, foi ordenado pelo traficante.

O delegado Moyses Santana afirmou que a operação representa um alívio para trabalhadores e moradores do entorno da refinaria:

“A Polícia Civil está livrando aquela região dessas ações criminosas, que transformavam funcionários, empresários e toda a comunidade em reféns da facção.”

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