Caso Vitória: vizinho da jovem é preso por suposto envolvimento no crime
Maicol Antonio Sales dos Santos é dono de carro visto nos arredores do local onde o corpo da vítima foi encontrado
Karyn Souza
Foi preso na tarde deste sábado (08) um dos suspeitos de envolvimento no assassinato da jovem Vitória Regina de Souza. A informação foi confirmada pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), que efetuou a prisão em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
Maicol Antonio Sales dos Santos era vizinho da adolescente e dono do Corolla prata, visto nos arredores de onde o corpo da vítima foi encontrado. O veículo teria sido emprestado para o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius.
O carro foi submetido a perícia na última quinta-feira (06). No interior dele, foi encontrado um fio de cabelo, aparentemente compatível com o da jovem. O material ainda está em análise.
Na decisão, a juíza Juliana Franca Bassetto Diniz Junqueira, da Comarca de Jundiaí, acolhe o pedido da Polícia Civil de São Paulo, argumentando haver "fortes indícios" de envolvimento de Maicol no crime, além de "versões contraditórias acerca de seu paradeiro na data dos fatos e especialmente na noite de 26 de fevereiro", dia do desaparecimento de Vitória.
A magistrada destaca ainda que os depoimentos dele "sugerem tentativa de obstruir a persecução criminal e torna flagrante a possibilidade de influenciar futuros depoimentos".
Maicol permanecerá preso temporariamente, pelo prazo de 30 dias, conforme determinação da Justiça. Ele foi encaminhado à delegacia de Franco da Rocha, onde o caso está sendo investigado.
Os investigadores também haviam pedido a prisão de outro suspeito, Daniel Lucas Pereira, o que foi negado pela Justiça. No caso dele, a juíza ponderou que "a única conexão possível" entre ele e o crime é uma foto do carro de Maicol, fato que, segundo Juliana Junqueira, já foi "provisoriamente" esclarecido por ele.
Ainda na avaliação da juíza, Daniel tem "colaborado com as investigações e comparecido às diligências designadas, não demonstrando qualquer mínimo indício de que poderá dificultar, de qualquer modo, a conclusão da investigação".
Apesar de ter negado o pedido de prisão preventiva contra Daniel, a magistrada autorizou o cumprimentou de um mandado de busca e apreensão na casa dele.
