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Zelensky rejeita retirar tropas do leste ucraniano em troca de cessar-fogo com a Rússia

Presidente afirmou que desocupação da região abriria espaço para uma nova ofensiva de Moscou

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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Divulgação/governo ucraniano
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, na terça-feira (12), que rejeitará qualquer proposta para desocupar a região de Donbass, no leste do país, em troca de um cessar-fogo com a Rússia. A medida, segundo o líder, impediria Kiev de atuar em linhas defensivas e abriria caminho para Moscou realizar novas ofensivas no país.

“Para os russos, Donbass é um trampolim para uma nova ofensiva futura. Se deixarmos Donbass por vontade própria ou sob pressão, nossas fortificações, nosso terreno, as colinas que controlamos, abriremos claramente um caminho para a preparação de uma ofensiva russa. Se deixarmos Donbass, iniciaremos uma terceira guerra”, disse Zelensky.

A declaração acontece em resposta à fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que qualquer acordo de paz entre os países envolveria “alguma troca de territórios”. Como um dos objetivos de guerra de Putin é conquistar Donbass, a previsão é que, caso uma troca de territórios seja proposta, o líder russo opte pela região.

Formada pelas regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk, a bacia de Donbass, de aproximadamente 45 mil km², semelhante ao tamanho do estado do Rio de Janeiro (43.750 km²), abriga grandes reservas de carvão e ferro, interessantes para o comércio russo. A área também é um porto estratégico, o que a torna economicamente valiosa para Moscou.

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Zelensky insistiu que os ucranianos não "presenteariam suas terras ao ocupante" e apontou para a constituição do país, que exige um referendo antes de uma mudança territorial. Reforçou, ainda, que a Rússia deve concordar com um cessar-fogo antes que questões territoriais sejam discutidas. "Conversas substantivas e produtivas sobre nós sem nós não funcionarão", frisou.

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