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Zelensky cobra países e diz que atraso na entrega de ajuda militar beneficia exército russo

Tropas de Moscou continuam avançando no território ucraniano após reivindicarem a cidade de Avdiivka

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a cobrar os países aliados pelo envio de ajuda militar. Em discurso na terça-feira (20), o líder alertou que o atraso nos envios prometidos está beneficiando o exército russo, que continua avançando no campo de batalha. Segundo ele, o cenário está se tornando “muito difícil” para os ucranianos.

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No domingo (18), por exemplo, as forças russas avançaram e reivindicaram a cidade de Avdiivka, no leste da Ucrânia. Essa foi a primeira vitória territorial significativa do exército russo desde 2023, dando às tropas o controle total da área ao redor de Donetsk - região que foi anexada ilegalmente pelo presidente Vladimir Putin em outubro de 2022.

O temor de Zelensky é que a Rússia intensifique ainda mais a ofensiva na Ucrânia, no momento em que as tropas enfrentam escassez de artilharia, sistemas de defesa aérea e armas de longo alcance. “Cada dia de nossa luta é a resistência e a força de nossos soldados, que todos os dias, impedindo ataques inimigos, lutam pela Ucrânia”, disse.

Para aumentar o envio de ajuda financeira, Zelensky se reuniu com líderes europeus e norte-americanos na última semana, garantindo mais 3 milhões de euros em auxílio militar da França e 7 bilhões de euros da Alemanha. A União Europeia anunciou um pacote de 50 bilhões de euros, enquanto o Canadá disse que irá acelerar o envio de 800 drones.

Por telefone, Zelensky ainda conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que espera a decisão do Congresso sobre o envio de mais US$ 60 bilhões a Kiev. Apesar de querer acelerar a aprovação do pacote financeiro, o democrata vem enfrentando resistência dos republicanos, que criticam o montante já enviado ao exército ucraniano.

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