Moraes pede que PGR se manifeste sobre laudo da PF de tornozeleira de Bolsonaro
Ministro dá um prazo de cinco dias; segundo a Polícia Federal, os danos no equipamento apresentam características de "execução grosseira"

Gabriela Vieira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o laudo da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O laudo da Polícia Federal (PF), enviado ao Supremo nessa quarta (17), indica a existência de sinais de tentativa de violação do equipamento, sugerindo que uma fonte de calor concentrado, possivelmente um ferro de solda, foi o meio empregado. “Não foram feitos testes adicionais com outros tipos de ferramentas”, disse a PF.
Dessa forma, o ministro decide encaminhar os autos à Procuradoria-Geral da República e à Defesa para manifestação, solicitando exames adicionais em outros materiais.
“Encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da Republica e à Defesa, para manifestação, no prazo de 5 (cinco) dias, sucessivamente. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, escreveu Moraes na decisão.
Entenda
No dia 22 de novembro, Bolsonaro foi preso após confessar que tentou romper o equipamento com o uso de calor, conforme apurou a coluna da Raquel Landim, do SBT News.
O ex-presidente cumpria prisão domiciliar, quando tentou violar a tornozeleira eletrônica. Com o laudo da PF, foi possível confirmar que a tornozeleira apresentou danos significativos na capa plástica, compatíveis com uma tentativa de rompimento por meio de ferro de solda.
Os danos, segundo a PF, apresentam características de "execução grosseira".
O ex-presidente está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, após condenação por tentativa de golpe de Estado.








