Política

Laudo da PF confirma tentativa de Bolsonaro de violar tornozeleira eletrônica

Perícia aponta danos compatíveis com uso de ferro de solda; equipamento apresentava sinais de violação “sem precisão técnica”

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De acordo com os peritos, a tornozeleira apresentou danos significativos na capa plástica | SEAP/Divulgação
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O ex-presidente Jair Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica enquanto cumpria prisão domiciliar, confirmou nesta quarta-feira (17) um laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (INC-PF).

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De acordo com os peritos, a tornozeleira apresentou danos significativos na capa plástica, compatíveis com uma tentativa de rompimento por meio de ferro de solda.

“Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados. Não foram feitos testes adicionais com outros tipos de ferramentas”, afirma o laudo.

Os especialistas da PF também destacaram que a tentativa ocorreu de forma rudimentar, sem técnica adequada.

“Os danos apresentam características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”, acrescentaram os peritos.

O laudo foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente está detido em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, após condenação na ação penal relacionada à trama golpista.

Relembre

No dia 22 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou abrir a tornozeleira eletrônica com um instrumento de calor, apurou a coluna com duas fontes qualificadas

A violação ocorreu à 0h08 e sensores avisaram as autoridades. A tornozeleira já foi enviada para perícia.

O parecer da Procuradoria Geral da República foi emitido à 1h25 da manhã e a decisão do ministro Alexandre de Moraes decretando a prisão preventiva é das 2 horas da manhã.

A suspeita das autoridades é que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tenha convocado a vigília para encobrir a violação e facilitar a fuga.

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