Trump usa painel blindado em primeiro comício a céu aberto após tentativa de assassinato; veja foto
Candidato republicano discursou para apoiadores na Carolina do Norte sob forte esquema de segurança
O ex-presidente Donald Trump fez seu primeiro comício ao ar livre desde a tentativa de assassinato no mês passado. Atrás de um púlpito cercado por vidros à prova de balas, e com segurança reforçada ao redor do evento, o candidato do partido Republicano se endereçou a apoiadores na Carolina do Norte, enquanto tenta desviar a atenção da Convenção Nacional Democrata e nomeação de Kamala Harris.
O nome do republicano foi bastante citado na segunda noite da convenção, em Chicago. O ex-presidente Barack Obama e a esposa, Michelle Obama, discursaram e alertaram para o perigo da polarização política imposta pelo magnata, defendendo a ideia de um "novo capítulo".
"Donald Trump quer que acreditemos que esse país está totalmente dividido entre nós e eles, entre os americanos reais, que, claro, apoiam ele, e os que estão de fora, que não [apoiam]. Isso é um dos truques mais antigos da política", disse. "Nós não precisamos de mais quatro anos de agitação, trapaça e caos. Nós já vimos esse filme e todos sabemos que a sequência geralmente é pior que o original. Os EUA estão prontos para um novo capítulo."
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As menções foram ridicularizadas por Trump, que afirmou ter contado o número de vezes que escutou seu nome ser citado.
"Eles mencionaram meu nome 271 vezes. Eles mencionaram a economia umas 12 vezes. Eles não falam sobre a fronteira", afirmou sob aplausos. "Nós os deixamos loucos. Eles têm a síndrome de perturbação de Trump."
No comício, Trump também voltou a afirmar que as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza não teriam acontecido caso ele fosse presidente, e afirmou que, caso eleita, Kamala irá "garantir a Terceira Guerra Mundial".
De acordo com a última pesquisa feita pelos jornais Washington Post e ABC News com o instituto Ipsos, Kamala Harris aparece com quatro pontos de vantagem contra o ex-presidente na corrida pela cadeira atualmente ocupada por Joe Biden.
A retirada da candidatura de Biden mexeu com o cenário eleitoral do país, que até então parecia confirmar uma vitória com folga do republicano na eleição de 5 de novembro.