Trump envia emissário a Rússia para tentar avançar em plano de paz na Ucrânia
Presidente americano diz que faltam “poucos pontos de discordância” e que negociações seguem com Rússia e Ucrânia

SBT News
com informações da Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (25) que instruiu o enviado especial Steve Witkoff a viajar a Moscou para se reunir com o presidente russo Vladimir Putin. Segundo ele, o objetivo é avançar nas negociações de um plano de paz para encerrar a guerra na Ucrânia.
Em publicação no Truth Social, Trump declarou que restam “apenas alguns pontos de discordância” entre as partes. Ele também afirmou que o secretário do Exército, Dan Driscoll, deverá se encontrar com representantes ucranianos.
Segundo Trump, o “Plano de Paz original de 28 pontos, elaborado pelos Estados Unidos, foi aprimorado com contribuições dos dois lados”.
“O Plano de Paz original de 28 pontos, elaborado pelos Estados Unidos, foi aprimorado com contribuições adicionais de ambos os lados, e restam apenas alguns pontos de discordância. Na esperança de finalizar esse Plano de Paz, instruí meu enviado especial, Steve Witkoff, a se encontrar com o presidente Putin em Moscou e, ao mesmo tempo, o secretário do Exército, Dan Driscoll, a se reunir com os ucranianos.”
O presidente americano disse ainda que pretende se encontrar pessoalmente com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas somente após um acordo ser totalmente concluído.
Trump escreveu que o fim do conflito estaria “definitivo, ou pelo menos em seus estágios finais”, indicando otimismo quanto à possibilidade de um cessar-fogo.
O plano de paz revisado
Nesta segunda-feira (24), a Ucrânia apresentou uma versão revisada do plano de paz elaborado pelos Estados Unidos.
Em resposta, a Rússia classificou o documento como “pouco construtivo” e afirmou que ele não funciona.
Entre os 28 pontos discutidos pelos EUA estão ideias altamente controversas, como a cessão das regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk à Rússia, ou a reincorporação de Moscou ao G8, do qual foi expulsa em 2014.
Essas sugestões foram rejeitadas pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Apesar disso, Zelensky declarou nesta terça-feira (25), após conversa com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que Kiev vê “muitas perspectivas” de paz após as recentes conversas de alto nível em Genebra.
“Há resultados sólidos, e ainda há muito trabalho pela frente”, escreveu no X.
Ataques em meio a negociações
Enquanto diplomatas tentam avançar nas negociações, a guerra continua. Durante a madrugada desta terça-feira, a Ucrânia foi alvo de novos ataques aéreos russos.
Segundo autoridades locais, os bombardeios atingiram principalmente Kiev, danificando prédios residenciais e instalações de energia elétrica. Ao menos seis pessoas morreram e nove ficaram feridas, incluindo uma criança.
Ucrânia e Estados Unidos vêm dialogando desde a última semana para formalizar uma proposta de paz que possa ser levada à Rússia. Ainda não há previsão de quando um texto final será apresentado.









