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Trump critica política monetária do Banco Central dos EUA e pede saída de presidente: "Atrasado e errado"

Ataque do republicano acontece um dia após Jerome Powell afirmar que Fed busca mais clareza sobre políticas econômicas do governo para cortar taxa de juros

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Donald Trump criticou nesta quinta-feira (17) o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, a quem chamou de "atrasado" em uma publicação na rede social Truth Social. O mandatário afirmou que a saída de Powell "não pode vir rápido o suficiente".

As declarações vieram um dia após Powell afirmar, em discurso, que as tarifas recíprocas impostas pelo governo dificultaram a atuação do Fed, que busca "maior clareza" sobre os impactos de mudanças políticas em áreas como imigração, tributação, regulamentação e tarifas, antes de avaliar cortes nas taxas de juros.

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"O atrasado deveria ter reduzido as taxas de juros", diz Trump

Na publicação, Trump criticou a postura do Fed em comparação ao Banco Central Europeu (BCE), que estaria reduzindo os juros mais "agressivamente". "O 'atrasado' do Jerome Powell, do Fed, que sempre chega 'tarde demais e errado', divulgou ontem um relatório que foi mais uma típica 'bagunça' completa!", escreveu o republicano. Ele argumentou que, com a queda nos preços do petróleo e dos alimentos, os EUA estariam em um bom momento para reduzir os juros.

"Os preços do petróleo caíram, os (preços dos) alimentos (até os ovos!) caíram, e os EUA estão ficando RICO EM TARIFAS. O atrasado deveria ter reduzido as taxas de juros, como o BCE, há muito tempo, mas certamente deveria reduzi-las agora. O fim do mandato de Powell não chega rápido o suficiente!", completou Trump.

Atualmente, as taxas de juros nos Estados Unidos variam entre 4,25% e 4,50% ao ano. Trump já expressou diversas vezes sua insatisfação com essa política monetária, defendendo cortes nas taxas para estimular a economia.

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Jerome Powell foi indicado para o cargo de presidente do Fed pelo próprio Trump em 2017 e reconduzido ao posto em 2022 pelo ex-presidente Joe Biden.

Em entrevista coletiva realizada em novembro, Powell afirmou que não renunciaria caso fosse pressionado por Trump e destacou que, por lei, não é possível demitir ou rebaixar autoridades do alto escalão do Fed.

Assim como o Banco Central do Brasil, o Fed é uma instituição independente e, portanto, não pode sofrer interferências do governo federal.

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