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Rubio posta foto com Mauro Vieira e cita "reciprocidade" nas relações EUA-Brasil

Delegações voltaram a debater tarifaço; chanceler brasileiro disse esperar resposta do governo norte-americano em breve

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Chanceler brasileiro, Mauro Vieira, ao lado do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio | Divulgação
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, publicou uma foto ao lado do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, na noite de quinta-feira (13). A imagem foi fruto de um encontro em Washington, onde, segundo o político, foram debatidos “assuntos de importância mútua e um quadro de reciprocidade para relação comercial EUA-Brasil”.

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Vieira voltou aos Estados Unidos para se reunir com Rubio e negociar o tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros (entenda mais abaixo). Essa é a terceira vez que os políticos se reúnem desde outubro, quando o presidente norte-americano aceitou debater um acordo.

Apesar de curta, Vieira expressou otimismo com a reunião, dizendo que apresentou uma resolução a Rubio e que a resposta deve vir “muito proximamente, amanhã ou na próxima semana”. Sem revelar detalhes do documento, o chanceler afirmou que o objetivo do governo brasileiro é pausar as tarifas de imediato para, então, avançar nas negociações sobre as taxas.

"Estamos esperando que eles nos respondam. O secretário de Estado disse que estão examinando com toda atenção”, disse o chanceler. “É importante dizer que há demonstração do interesse do governo americano e do secretário de Estado em solucionar todas as questões ainda pendentes na relação com o Brasil. De virar essa página e de se aproximar no Brasil”, acrescentou.

Tarifaço

A taxa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos entrou em vigor no dia 6 de agosto. Em carta enviada à Brasília, o presidente Donald Trump disse que a decisão buscava “corrigir as graves injustiças do sistema” comercial atual. Ele também associou a medida à "perseguição política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — condenado por tentativa de golpe de Estado.

Em resposta, Lula afirmou que “a informação sobre o alegado déficit norte-americano" era falsa. Reforçou, ainda, que o Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitaria ser tutelado por ninguém. Na época, o governo cogitou uma possível retaliação, com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

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Ao todo, a taxação de Trump afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Para auxiliar os exportadores, o governo federal anunciou um plano de contingência destinada ao setor. Entre as medidas está uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para atender produtores afetados. O país também iniciou a busca por novos parceiros comerciais, visando diversificar o mercado.

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