Putin reafirma apoio a Maduro em meio à tensão entre Venezuela e Estados Unidos
Segundo o Kremlin, Putin declarou que apoia Maduro, especialmente no que diz respeito à “proteção dos interesses nacionais e da soberania"



SBT News
com informações da Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou por telefone nesta quinta-feira (11) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e reafirmou apoio ao governo venezuelano diante do aumento das pressões dos Estados Unidos.
A movimentação ocorre enquanto a Bielorrússia, aliada de Moscou, sinaliza que poderia oferecer refúgio a Maduro caso ele deixe o poder.
Segundo o Kremlin, Putin declarou que apoia a política do governo Maduro, especialmente no que diz respeito à “proteção dos interesses nacionais e da soberania diante da crescente pressão externa”. A fala reforça o alinhamento estratégico entre Moscou e Caracas, que se intensificou nos últimos anos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem aumentado a pressão sobre o governo venezuelano nos últimos meses, principalmente com reforço militar no Caribe.
Em entrevista ao jornal Politico nesta semana, Trump afirmou que os “dias de Maduro estão contados”, mas evitou dizer se enviaria tropas americanas ao país.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que Moscou espera que a Casa Branca evite um “conflito de grande escala”, que poderia ter “consequências imprevisíveis” para todo o hemisfério ocidental.
Maduro cogitou deixar a Venezuela
Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que, em 21 de novembro, Maduro disse a Trump que estaria disposto a deixar a Venezuela caso recebesse anistia total para ele e sua família.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, manteve nesta quinta-feira sua segunda reunião em apenas 17 dias com o embaixador venezuelano em Moscou, Jesús Rafael Salazar Velázquez.
Na primeira reunião, em 25 de novembro, Lukashenko afirmou que Maduro “sempre foi bem-vindo” ao país e que era hora de visitar Minsk.
Na reunião desta quinta-feira (11), o líder bielorrusso declarou que ambos haviam “coordenado certos assuntos” relacionados ao líder venezuelano.
Ele reforçou que, se necessário, envolveria “o presidente da Venezuela” para tomar as decisões cabíveis. A Reuters solicitou esclarecimentos ao governo bielorrusso sobre a possibilidade de oferecer refúgio político, mas não houve resposta.
Lukashenko mantém relações estreitas com a Venezuela desde o governo Hugo Chávez e segue alinhado politicamente à Rússia.
Em 2024, retomou diálogo direto com Washington após anos de isolamento por violações de direitos humanos e apoio às ações russas na Ucrânia.
Apesar dessa reaproximação, Minsk ainda depende de Moscou, o que reforça seu papel como possível porto seguro para aliados estratégicos do Kremlin.









