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Putin reafirma apoio a Maduro em meio à tensão entre Venezuela e Estados Unidos

Segundo o Kremlin, Putin declarou que apoia Maduro, especialmente no que diz respeito à “proteção dos interesses nacionais e da soberania"

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Putin, conversou por telefone nesta quinta-feira (11) com Nicolás Maduro | Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou por telefone nesta quinta-feira (11) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e reafirmou apoio ao governo venezuelano diante do aumento das pressões dos Estados Unidos.

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A movimentação ocorre enquanto a Bielorrússia, aliada de Moscou, sinaliza que poderia oferecer refúgio a Maduro caso ele deixe o poder.

Segundo o Kremlin, Putin declarou que apoia a política do governo Maduro, especialmente no que diz respeito à “proteção dos interesses nacionais e da soberania diante da crescente pressão externa”. A fala reforça o alinhamento estratégico entre Moscou e Caracas, que se intensificou nos últimos anos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem aumentado a pressão sobre o governo venezuelano nos últimos meses, principalmente com reforço militar no Caribe.

O governo norte-americano também considera ilegítima a reeleição de Maduro em 2018, apontada como fraudulenta por observadores internacionais e países ocidentais.

Em entrevista ao jornal Politico nesta semana, Trump afirmou que os “dias de Maduro estão contados”, mas evitou dizer se enviaria tropas americanas ao país.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que Moscou espera que a Casa Branca evite um “conflito de grande escala”, que poderia ter “consequências imprevisíveis” para todo o hemisfério ocidental.

Maduro cogitou deixar a Venezuela

Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que, em 21 de novembro, Maduro disse a Trump que estaria disposto a deixar a Venezuela caso recebesse anistia total para ele e sua família.

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, manteve nesta quinta-feira sua segunda reunião em apenas 17 dias com o embaixador venezuelano em Moscou, Jesús Rafael Salazar Velázquez.

Na primeira reunião, em 25 de novembro, Lukashenko afirmou que Maduro “sempre foi bem-vindo” ao país e que era hora de visitar Minsk.

Na reunião desta quinta-feira (11), o líder bielorrusso declarou que ambos haviam “coordenado certos assuntos” relacionados ao líder venezuelano.

Ele reforçou que, se necessário, envolveria “o presidente da Venezuela” para tomar as decisões cabíveis. A Reuters solicitou esclarecimentos ao governo bielorrusso sobre a possibilidade de oferecer refúgio político, mas não houve resposta.

Lukashenko mantém relações estreitas com a Venezuela desde o governo Hugo Chávez e segue alinhado politicamente à Rússia.

Em 2024, retomou diálogo direto com Washington após anos de isolamento por violações de direitos humanos e apoio às ações russas na Ucrânia.

Apesar dessa reaproximação, Minsk ainda depende de Moscou, o que reforça seu papel como possível porto seguro para aliados estratégicos do Kremlin.

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