EUA apreendem navio petroleiro na costa da Venezuela em meio a tensão entre países
Operação conduzida pela Guarda Costeira marca aumento da pressão sobre o petróleo venezuelano; preço dispara no mercado petroleiro


SBT News
com informações da Reuters
Os Estados Unidos apreenderam um navio petroleiro na costa da Venezuela nesta quarta-feira (10), em uma ação que elevou as tensões diplomáticas com Caracas e provocou alta nos preços internacionais do petróleo.
"Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um petroleiro grande, muito grande, o maior de todos os tempos, na verdade, e outras coisas estão acontecendo", disse Trump.
A operação pode indicar uma intensificação dos esforços dos EUA para atingir o setor de petróleo da Venezuela, a principal fonte de receita do país governado por Nicolás Maduro.
Esta é a primeira ação conhecida contra um petroleiro desde que Trump ordenou um reforço militar na região e autorizou ataques a embarcações suspeitas de participar do tráfico de drogas, medidas que já vinham preocupando legisladores democratas e especialistas em direito internacional.
Maduro participou de um evento público nesta quarta-feira, mas não comentou a apreensão a ação americana.
Navio apreendido
Três autoridades americanas, que falaram sob condição de anonimato, informaram que a ação foi liderada pela Guarda Costeira dos EUA. Elas não divulgaram o nome do navio, a bandeira, e o local exato da interceptação.
O grupo britânico de gestão de riscos marítimos Vanguard afirmou que o navio apreendido seria o Skipper, que anteriormente se chamava Adisa. Os EUA já haviam imposto sanções ao petroleiro por suposto envolvimento no comércio de petróleo iraniano.
Informações de satélite analisadas pela TankerTrackers.com e dados internos da estatal venezuelana PDVSA indicam que o Skipper deixou o porto de Jose, principal terminal petrolífero do país, entre os dias 4 e 5 de dezembro, carregando petróleo bruto pesado Merey.
Mercado de petróleo reage
A apreensão teve impacto imediato no mercado internacional.
Os preços, que estavam em queda, passaram a subir.
- Brent (LCOc1): +0,4%, fechando a US$ 62,21 por barri
- WTI (CLc1): +0,4%, encerrando a US$ 58,46 por barril









