Presidente do México diz que assédio sexual deveria ser crime em todo o país
Declaração veio depois que Claudia Sheinbaum foi assediada; um homem se aproximou dela por trás, tocou em seus seios e tentou beijá-la no pescoço

Sofia Pilagallo
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quarta-feira (5) que assédio sexual deveria configurar crime em todos os estados. Por ser um país federado, os 32 distritos que compõem a nação mexicana têm seus próprios códigos penais e nem todos punem esse tipo de conduta.
A declaração veio depois de Claudia Sheinbaum ter sido assediada sexualmente por um homem, na terça-feira (4). O incidente, registrado em vídeo, mostra que, enquanto saudava simpatizantes pela rua, um homem se aproximou dela por trás, tocou em seus seios e tentou beijá-la no pescoço. Depois de assediá-la, ele ainda continuou a assediar outras mulheres e foi preso horas depois.
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"Minha reflexão é: se não presto uma denúncia, em que condição ficam as outras mulheres mexicanas? Se fazem isso com a presidente, o que pode acontecer com todas as mulheres no nosso país?", disse Claudia em coletiva de imprensa.
"Essa pessoa se aproximou totalmente embriagada, não sei se drogada (...). Só depois de ver os vídeos é que percebi o que realmente aconteceu."
O homem que assediou Claudia se aproximou dela sem que nenhum segurança presidencial o detivesse. Depois de tocá-la, um membro da segurança o afastou. A presidente, ainda confusa, chegou a tirar foto com o agressor. O caso gerou críticas à segurança da mandatária.
A denúncia contra o homem foi feita junto ao Ministério Público da Cidade do México, onde o assédio sexual é punido criminalmente. Cerca de 70% das mexicanas de 15 anos ou mais já sofreram alguma violência ao menos alguma vez na vida, segundo relato da ONU Mulheres.









