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Presidente de Madagascar foge do país em meio a protestos liderados pela Geração Z

Andry Rajoelina teria deixado o país no domingo, a bordo de um avião militar francês; manifestantes exigiam sua renúncia

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Andry Rajoelina enfrentava protestos generalizados
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O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, fugiu do país em meio a uma onda de protestos liderada por jovens da Geração Z. A informação foi confirmada à agência Reuters pelo líder da oposição, Siteny Randrianasoloniaiko.

“O presidente deixou o país, ligamos para a equipe da Presidência e eles confirmaram que ele deixou o país no domingo (12)”, afirmou Randrianasoloniaiko, acrescentando que o paradeiro atual de Rajoelina é desconhecido.

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Uma fonte militar informou à Reuters que o presidente deixou o território em um avião militar francês após um acordo com o presidente Emmanuel Macron.

A capital de Madagascar, Antananarivo, tem sido palco de manifestações cada vez maiores e mais violentas. Os protestos começaram em 25 de setembro devido à escassez de água e energia, mas rapidamente evoluíram para uma revolta mais ampla contra a corrupção, a má governança e a falta de serviços básicos.

De acordo com a ONU, ao menos 22 pessoas foram mortas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança desde o início dos protestos.

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As manifestações em Madagascar refletem movimentos semelhantes em países como Marrocos, Nepal e Quênia, onde jovens têm se mobilizado contra as elites no poder. Em comum, os manifestantes utilizam camisetas e bandeiras com o símbolo de uma caveira usando chapéu de palha, inspirado na série de mangá japonesa One Piece, que se tornou um emblema de resistência entre grupos na Ásia.

Madagascar tem uma população de cerca de 30 milhões de habitantes, sendo três quartos vivendo na pobreza, segundo o Banco Mundial. A idade média no país é inferior a 20 anos.

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É o caso de Adrianarivony Fanomegantsoa, de 22 anos. Funcionário de um hotel, ele ganha mensalmente US$ 67 (cerca de R$ 365), valor que mal cobre as despesas de alimentação. O jovem estava entre os manifestantes.

"Em 16 anos, o presidente e seu governo não fizeram nada, exceto enriquecer, enquanto o povo continua pobre. E os jovens, a Geração Z, são os que mais sofrem", afirmou ele à Reuters.

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