Pelo menos 51 pessoas morreram em ataques israelenses a Gaza, diz imprensa local
Bombardeios aéreos atingiram vários pontos da cidade nesta quinta (26), incluindo uma escola que abrigava palestinos deslocados

SBT News
Ataques aéreos israelenses atingiram, na madrugada desta quinta-feira (26), vários pontos na Faixa de Gaza. Ao todo, hospitais da região relatam, ao jornal Al Jazeera, que 51 palestinos foram mortos desde o amanhecer. Pessoas deslocadas, que estavam abrigadas em uma escola atingida pelas bombas, revelam que acordaram com o prédio balançando.
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De acordo com a publicação, a escola atingida abrigava famílias que haviam sido forçadas a deixar suas casas por causa das trocas de ofensivas entre Israel e Hamas, que tiveram início em outubro de 2023.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o recente ataque.
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Mortes durante entrega de ajuda
Autoridades da Palestina denunciaram o alto número de palestinos mortos ao tentar obter ajuda humanitária. Segundo o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza, pelo menos 549 pessoas morreram nas últimas quatro semanas em meio ao que chamaram de “armadilhas mortais” — locais onde civis famintos teriam sido atraídos com promessas de ajuda e depois atacados.
“O que está acontecendo nesses chamados 'centros' constitui um crime de guerra de pleno direito, pelo qual a ocupação israelense tem responsabilidade primária e direta”, afirmou o gabinete em nota.
Essas distribuições de alimentos estariam sendo coordenadas pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada pelos Estados Unidos e Israel. Além das mortes, os ataques teriam causado 4.066 feridos e o desaparecimento de 39 pessoas.
“O que está acontecendo nesses chamados 'centros' constitui um crime de guerra de pleno direito, pelo qual a ocupação israelense tem responsabilidade primária e direta”, afirmou o gabinete em nota.
“Condenamos veementemente esse crime recorrente, no qual civis famintos são atraídos e, em seguida, sistemática e deliberadamente abatidos a tiros diariamente, de acordo com cronogramas predefinidos.”
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O comunicado ainda acrescenta que “a ocupação está usando comida como arma de extermínio em massa, transformando o que alega ser 'ajuda' em uma ferramenta de extermínio e dominação”.