Ataques israelenses matam 144 pessoas em Gaza em 24 horas; 59 buscavam ajuda humanitária
Ministério da Saúde de Gaza também denuncia bloqueio de Israel à entrada de combustível para hospitais

SBT News
Ataques israelenses deixaram 144 mortos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde do enclave palestino nesta quarta-feira (18). Entre as vítimas estão 59 palestinos que tentavam acessar ajuda humanitária.
Essa não é a primeira vez que palestinos morrem durante ações de distribuição de alimentos conduzidas pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada por Estados Unidos e Israel. As operações começaram no fim de maio, após pressão internacional para que Israel flexibilizasse o bloqueio total imposto à região, que já durava 11 semanas.
Com as novas mortes, o total de vítimas relacionadas à busca por alimentos em hospitais de Gaza chegou a 397, com mais de 3.031 feridos.
+ Irã está mesmo prestes a produzir bomba nuclear? Especialista responde
Em publicação na rede social X, o chefe da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, classificou o atual sistema de distribuição de ajuda como “uma vergonha e uma mancha em nossa consciência coletiva”.
+ Líder supremo do Irã alerta Israel: "Começa a batalha"
Outras 21 pessoas foram mortas em ataques aéreos de Israel em diferentes locais: no campo de refugiados de Maghazi, no bairro de Zeitoun e na Cidade de Gaza. Cinco morreram após um bombardeio a um acampamento em Khan Younis, no sul da Faixa.
Enquanto isso, a escassez de combustível volta a preocupar as autoridades do enclave. Segundo o Ministério da Saúde, Israel impediu o acesso de organizações internacionais e da ONU a áreas de armazenamento de combustível para hospitais, alegando que esses locais estão situados em “zonas vermelhas”.
A pasta alertou que o bloqueio compromete o funcionamento dos hospitais, que dependem de geradores para manter setores vitais. A quantidade atual de combustível seria suficiente para apenas três dias.