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Pelo menos 36 palestinos morrem durante entrega de ajuda humanitária em Gaza

Autoridades de saúde relatam mais de 200 feridos enquanto ONU critica modelo de distribuição conduzido por Israel e fundação apoiada pelos EUA

Imagem da noticia Pelo menos 36 palestinos morrem durante entrega de ajuda humanitária em Gaza
Bloqueio de ajuda humanitária em Gaza completa dois meses | Divulgação/ONU
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Pelo menos 36 palestinos morreram e outros 208 ficaram feridos durante a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza nesta terça-feira (10), segundo informações divulgadas pelas autoridades de saúde do enclave.

A maioria das vítimas foi encaminhada para o Hospital Al-Awda, no campo de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, e para o Hospital Al-Quds, situado na Cidade de Gaza, ao norte.

Esta não é a primeira vez que palestinos morrem durante ações de entrega de alimentos coordenadas pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização apoiada pelos governos dos Estados Unidos e de Israel. As operações de distribuição tiveram início no fim de maio, após pressão de aliados internacionais para que Israel aliviasse o bloqueio total à região, que já durava 11 semanas.

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De acordo com a Organização das Nações Unidas, a população da Faixa de Gaza enfrenta níveis catastróficos de desnutrição, com bebês correndo risco de morrer por falta de fórmulas infantis. Apesar disso, a ONU critica o modelo de entrega adotado por Israel e acusa a GHF de não ser imparcial nem neutra.

A entidade também solicita que Israel permita o retorno da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) às operações na área.

Em publicação na rede social X, Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, criticou duramente a forma como a ajuda humanitária tem sido distribuída:

"Dia após dia, baixas e dezenas de feridos são relatados em pontos de distribuição operados por Israel e empresas de segurança privada", escreveu.

"Este sistema humilhante continua a forçar milhares de pessoas famintas e desesperadas a caminhar por dezenas de quilômetros, excluindo os mais vulneráveis e aqueles que vivem muito longe", acrescentou.

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