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Ocidente questiona vitória de Putin e Kremlin rebate: "estão em guerra conosco"

Presidente russo foi reeleito com 87% dos votos em uma eleição considerada "nem justa e nem livre" por representantes da União Europeia e EUA

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O Kremlin rejeitou as críticas dos Estados Unidos e representantes do Ocidente após a vitória de Vladimir Putin na eleição presidencial que terminou no domingo (17) no país, e afirmou que a reeleição do presidente com mais de 87% dos votos mostra que o povo russo está unido em torno dele.

"É um resultado completamente único para o presidente Putin. Com tal nível de apoio público, é uma vitória absoluta como candidato. E, claro, é a confirmação mais eloquente do apoio que o povo do nosso país tem para o presidente e a consolidação em sua trajetória.", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas.

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O resultado foi amplamente questionado por ministros das Relações Exteriores da União Europeia, durante reunião em Bruxelas. A chanceler alemã, Annalena Baerbock, criticou a ampliação da "eleição sem escolha" para partes da Ucrânia, Moldávia e Geórgia, ocupadas pela Rússia.

“O processo eleitoral não só mostra o comportamento nefasto de Putin para com o seu próprio povo, mas também viola a Carta das Nações Unidas. A realização das chamadas eleições em partes da Ucrânia, partes da Moldávia e partes da Geórgia é contrária ao direito internacional.”, afirmou.

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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, classificou o pleito como "nem livre nem justo". Já o Conselheiro de Comunicações de Segurança da Casa Branca John Kirby afirmou que a ideia de eleições livres e justas na Rússia "é um nome impróprio".

Segundo Peskov, as avaliações do Ocidente e especialmente dos Estados Unidos "são esperadas e previsíveis.

"Considerando o fato de que os Estados Unidos são um país profundamente envolvido na guerra na Ucrânia. Este é um país que, de fato, está em guerra conosco. É claro que dificilmente se poderia esperar outras avaliações", avaliou.

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"Embora, repito mais uma vez, discordemos categoricamente deles. Esta provavelmente não é uma opinião que estamos prontos para ouvir e que é importante para nós agora.", pontuou.

Por outro lado, a vitória de Putin foi parabenizada pelo líder chinês Xi Jin Ping. Numa carta citada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim nesta segunda-feira (18), o líder chinês observou que a vitória de Putin é uma prova de que ele conta com o apoio do povo russo e expressou confiança de que, sob a sua liderança, a Rússia “será capaz de obter maiores conquistas no desenvolvimento nacional”.

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