Política

Procuradoria pede para manter prisão de Braga Netto

Procurador-geral Paulo Gonet negou pedido da defesa do general, acusado de tentar obstruir investigações sobre a tentativa de golpe de Estado

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General Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022 | Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta sexta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra a soltura do general Braga Netto, preso no último sábado (14), no Rio de Janeiro, no âmbito das investigações do inquérito do golpe.

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A manifestação foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão seja substituída por medidas diversas da prisão. Os advogados também alegaram que as acusações de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos passados e não há contemporaneidade para justificar a prisão preventiva.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, permanecem válidas as razões que fundamentaram a prisão do general. Segundo Gonet, medidas cautelares não são suficientes para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.

"As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema", diz o procurador-geral na decisão. "O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade".

No sábado (14), Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito do golpe, que tramita na Corte.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o general da reserva e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do general nega que ele tenha obstruído as investigações.

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