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Netanyahu se reúne com enviado dos EUA para debater trégua em Gaza

Dupla debateu próxima fase do acordo, que inclui a saída das tropas israelenses da Faixa de Gaza e o desarmamento do Hamas

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Enviado americano Jared Kushner se reuniu com Netanyahu | Divulgação/governo israelense
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O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Jared Kushner, reuniu-se na segunda-feira (10) com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Em Jerusalém, ambos avaliaram a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e debateram os próximos passos para o enclave palestino.

A trégua entre Israel e Hamas, mediada por Donald Trump, entrou em vigor em 10 de outubro. A primeira fase do acordo englobou a libertação dos reféns capturados pelo grupo em 7 de outubro de 2023, em troca de quase 2 mil palestinos detidos em Israel. Os 20 reféns vivos já foram libertados e agora os militantes trabalham para a devolução dos reféns mortos — dificultada devido aos escombros da guerra.

Por enquanto, os restos mortais de quatro reféns ainda estão em Gaza. Quando a entrega for finalizada, a primeira fase do acordo de paz estará concluída, abrindo caminho para a saída das tropas israelenses da Faixa de Gaza e para o desarmamento do Hamas. As questões são consideradas sensíveis, já que o grupo palestino insistiu repetidamente que não renunciará às suas armas.

A próxima etapa do acordo também prevê planos para a reconstrução de Gaza e o envio de uma força de estabilização internacional para garantir a segurança no território. Enquanto um novo governo não é firmado, o enclave palestino será administrado pela gestão internacional, chamada de “Conselho da Paz”, chefiada por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, e composta por palestinos qualificados.

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Ao se reunir com Kushner, Netanyahu afirmou que fará cumprir “com punho de ferro” o acordo de cessar-fogo. “Estamos determinados a aplicar com punho de ferro os acordos de cessar-fogo existentes contra aqueles que buscam nossa destruição”, disse, advertindo que “quem tentar nos ferir, nós o feriremos”.

Violação do cessar-fogo

No dia em que o cessar-fogo completou um mês na Faixa de Gaza, o Hamas divulgou um balanço relatando a morte de 271 palestinos, incluindo 221 crianças. Os óbitos foram consequências dos ataques aéreos de Israel, que, segundo o grupo, violou o acordo de trégua algumas vezes. O mesmo é afirmado por Tel Aviv, que acusa militantes do grupo de cruzarem a chamada linha amarela, que marca a zona de contenção no enclave palestino.

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