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Ministro da Defesa da Coreia do Sul pede demissão após imposição de lei marcial

Kim Yong-hyun se desculpou pela crise política e assumiu "total responsabilidade" pela confusão que tomou conta do país na terça-feira (4)

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Kim Yong-hyun, ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul | Yonhap
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O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, ofereceu sua renúncia nesta quarta-feira (4). Ele é alvo de uma pedido de impeachment por sua participação no decreto do presidente Yoon Suk Yeol que impôs lei marcial no país. A medida, denunciada como uma tentativa de golpe, durou poucas horas e provocou um caos político em Seul.

Yong-hyun se desculpou e assumiu as responsabilidades relacionadas à lei marcial. "Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo em relação à lei marcial. Apresentei minha renúncia ao presidente", anunciou, em um comunicado.

Os principais conselheiros políticos de Yoon também anunciaram que deixarão seus cargos, enquanto o país luta para entender o que parece ter sido uma manobra mal planejada do presidente conversador.

+ Lei Marcial: entenda o que é medida decretada por presidente da Coreia do Sul

O anúncio de Yoon na noite de terça-feira (3) levou tropas fortemente armadas a cercarem o parlamento, antes que deputados escalassem muros para reentrar no prédio e votassem de forma unânime pela revogação da ordem. O chefe de Estado — cuja taxa de aprovação tem caído nos últimos meses — tem enfrentado dificuldades para avançar com sua agenda na casa controlado pela oposição.

O líder da oposição, Lee Jae-myung, que perdeu por pouco para Yoon na eleição presidencial de 2022, chamou o anúncio de "ilegal e inconstitucional" e prometeu iniciar um processo de impeachment contra o presidente, caso ele não renuncie ao cargo imediatamente.

“Não ficaremos de braços cruzados assistindo ao crime do presidente Yoon de destruir a Constituição e atropelar a democracia. O presidente Yoon deveria renunciar imediata e voluntariamente”, disse o Partido Democrata.

Para abrir o processo de impeachment contra Yoon, é necessário que mais de dois terços dos 300 membros da Assembleia Nacional votem a favor. Uma vez que a medida é aprovada, um julgamento é realizado no Tribunal Constitucional. Se seis dos nove membros da Corte sustentarem o impeachment, o presidente é destituído do cargo.

Com cartazes dizendo “restaure a democracia”, cidadãos sul-coreanos já começaram a ir às ruas para pedir a renúncia de Yoo. Legisladores e membros da oposição também se reuniram do lado de fora da Assembleia Nacional. Enquanto isso, a maior confederação sindical do país disse que ficará em greve até que o presidente renuncie.

+ Quem é Yook Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul que declarou Lei Marcial e voltou atrás

Esta foi a primeira vez que a lei marcial foi declarada na Coreia do Sul em mais de quatro décadas, alarmando os aliados. Os Estados Unidos, por exemplo, inicialmente expressaram profunda preocupação com a declaração, e um posterior “alívio” com o fim da medida. O mesmo foi feito pelo Reino Unido, que pediu uma “solução pacífica para a situação”.

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