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Parlamento da Coreia do Sul vota para bloquear lei marcial decretada pelo presidente

Oposição e manifestantes pedem impeachment de Yoon Suk Yeol; acompanhe ao vivo situação na Assembleia Nacional do país

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A Assembleia Nacional da Coreia do Sul rejeitou por ampla maioria o decreto de lei marcial do presidente Yoon Suk Yeol. Em pronunciamento televisionado nesta terça-feira (3), Yoon pegou boa parte do país de surpresa ao anunciar a medida, denunciada como uma tentativa de golpe pela oposição e pelo presidente do próprio partido do líder sul-coreano.

A medida foi seguida por um decreto do Chefe do Estado-Maior do Exército do país, General Park An-su, que proibia todas as atividades políticas, incluindo protestos e atividades de partidos políticos, no país. Militares chegaram a fechar a entrada da Assembleia Nacional, mas não conseguiram impedir que os deputados presentes votassem pela revogação da lei marcial.

Todos os 190 parlamentares presentes na sessão votaram pelo bloqueio da medida, com o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won Shik, declarando que a lei marcial era "inválida" e que os legisladores "protegerão a democracia com o povo".

Policiais e militares foram vistos deixando o terreno da Assembleia depois que Woo Won Shik pediu sua retirada. Lee Jae-myung, líder do Partido Democrata liberal, que detém a maioria no parlamento de 300 assentos, disse que os legisladores do partido permanecerão no salão principal da Assembleia até que Yoon levante formalmente a ordem. Milhares de manifestantes se aglomeraram em frente ao parlamento pedindo pelo impeachment do chefe de Estado.

O presidente conversador — cuja taxa de aprovação tem caído nos últimos meses — tem enfrentado dificuldades para avançar com sua agenda no parlamento controlado pela oposição. Ao anunciar a medida em rede nacional, Yoon Suk Yeol disse que o decreto foi proclamado em todo o país para defender a "democracia livre" e a segurança das pessoas contra "forças antiestatais" que ameaçam derrubar a Coreia do Sul.

O líder da oposição, Lee Jae-myung, que perdeu por pouco para Yoon na eleição presidencial de 2022, chamou o anúncio de "ilegal e inconstitucional"

Essa é a primeira vez desde 1980 que a lei marcial é declarada na Coreia do Sul. Ela restringe o acesso aos direitos civil e substitui a legislação normal por militares. Ainda não está claro se Yoon irá respeitar a decisão do parlamento que ele tentou dissolver.

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