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Presidente decreta lei marcial de emergência e Coreia do Sul tem manifestações; acompanhe ao vivo

Yoon Suk Yeol acusa oposição de simpatizar com a Coreia do Norte; decisão encontrou resistência do parlamento e do próprio partido do líder sul-coreano

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presidente sul-corenao, Yoon Suk Yeol | Divulgação
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O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou nesta terça-feira (3) "lei marcial de emergência" no país. Em pronunciamento televisionado, Yoon acusou a oposição de controlar o parlamento, simpatizar com a Coreia do Norte, e paralisar o governo com atividades contra o Estado.

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"Por meio desta lei marcial, reconstruirei e protegerei a República da Coreia livre, que está caindo nas profundezas da ruína nacional", declarou Yoon. "Eliminarei as forças antiestatais o mais rápido possível e normalizarei o país", disse, enquanto pedia ao povo que acreditasse nele e tolerasse "alguns inconvenientes".

A decisão encontrou resistência na oposição — que tem a maioria no parlamento — e no próprio partido de Yoon, o conservador Poder Popular. O ex-ministro da Justiça sul-coreano e líder da legenda, Han Dong-hoon, classificou a decisão como "errada" e prometeu "impedi-la junto com o povo". O líder da oposição, Lee Jae-myung, que perdeu por pouco para Yoon na eleição presidencial de 2022, chamou o anúncio de "ilegal e inconstitucional".

Popularidade em queda

Yoon — cuja taxa de aprovação tem caído nos últimos meses — enfrenta dificuldades para avançar com sua agenda no parlamento. Nesta semana, a Câmara dos Deputados do país rejeitou a proposta de orçamento do governo e quer aprovar uma moção de impeachment contra três promotores importantes do país, incluindo o chefe da Procuradoria do Distrito Central de Seul.

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Os conservadores classificaram a moção como uma vingança contra as investigações criminais envolvendo Lee, apontado como favorito para a próxima eleição presidencial em 2027, de acordo com pesquisas de opinião.

Lei marcial

Essa é a primeira vez desde 1980 que a lei marcial é declarada na Coreia do Sul. Ela restringe o acesso aos direitos civil e substitui a legislação normal por militares e deve ser aprovada pela Assembleia Nacional.

Contudo, citando fontes militares, a agência de notícias estatal Yonhap afirmou que as atividades do parlamento e de partidos políticos foram proibidas, e que a mídia e as editoras também foram colocadas sob o controle do comando da lei marcial. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram militares bloqueando o acesso à Assembleia Nacional.

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