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México levará invasão à embaixada do Equador ao Tribunal Internacional de Justiça

Corpo diplomático retornou para a Cidade do México no domingo, após os países cortarem relações por conta do episódio

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O México deve apresentar nesta segunda-feira (8) uma queixa contra o Equador no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), após policiais equatorianos invadirem a embaixada mexicana em Quito, em um episódio bastante condenado pela comunidade internacional.

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O pessoal diplomático do país deixou o Equador no domingo (7), e os dois países cortaram relações diplomáticas depois que as forças de segurança de Quito invadiram as instalações diplomáticas mexicanas, consideradas território soberano inviolável pelo direito internacional, na noite de sexta-feira (5), para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas Espinel.

Glas estava refugiado no local desde dezembro do ano passado, depois que um mandado de prisão foi emitido contra ele por suposta corrupção. E havia ganhado asilo político do México na sexta, numa medida que o governo do presidente equatoriano, Daniel Noboa, classificou de “ato ilícito”.

“Condenamos veementemente esta violenta invasão de pessoal de segurança do Estado equatoriano à nossa embaixada […] iremos a todos os fóruns multilaterais, regionais e internacionais correspondentes para que isto seja verdadeiramente condenado por toda a comunidade internacional”, afirmou a subsecretária para América Latina e Caribe do México, Laura Elena Carrillo Cubillas, durante uma cerimônia de boas-vindas ao pessoal diplomático expulso do Equador.

O episódio causou condenação internacional, com a Nicarágua também anunciando a suspensão das relações diplomáticas com o Equador. O Brasil e outros países sul-americano também se pronunciaram.

Segundo governo brasileiro, episódio abre um "grave precedente" e o presidente Lula se solidariza ao governo mexicano.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, ficou “alarmado” com o ataque, enquanto a Espanha, a Alemanha e a União Europeia emitiram declarações condenando-o como uma violação da Convenção de Viena.

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