Mais de 60 palestinos são mortos em ataques do exército de Israel nas últimas 48 horas
Bombardeios na Faixa de Gaza continuam a acontecer mesmo após secretário de estado dos EUA dizer que Netanyahu aceitou cessar-fogo
Pelo menos 69 palestinos foram mortos em ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza nas últimas 48 horas, disseram autoridades do enclave neste sábado (24). Os bombardeios continuam a acontecer mesmo após o secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, dizer, no início da semana, que o primeiro-ministro de Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo.
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212 pessoas ficaram feridas, afirmou o Ministério da Saúde da Palestina. Entre os mortos estavam 11 membros da mesma família, incluindo duas crianças, que tiveram a casa atingida na cidade de Khan Younis, pela manhã.
Outros 17 palestinos foram mortos quando um bombardeio atingiu uma estrada ao sul de Khan Younis, incluindo os passageiros de um tuk-tuk e transeuntes.
O Hospital Nasser informou que 33 corpos, de três ataques diferentes em Khan Younis e arredores, foram levados para lá. O Hospital Al-Aqsa Martyrs recebeu outros três corpos de um ataque na manhã de sábado.
Segundo a rede de notícias Al Jazeera, as Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram novas ordens para que moradores evacuem os bairros no norte da cidade de Gaza, em meio a intensos ataques israelenses no norte, centro e sul da Faixa de Gaza.
Na terça-feira (20), horas após Blinken anunciar que Israel aceitou os termos da nova proposta de cessar-fogo apresentada na semana passada pelos mediadores Catar e Egito – além dos Estados Unidos – na rodada de negociações mais recente, em Doha, uma escola na Cidade de Gaza foi bombardeada pelo exército israelense. Os corpos de 12 pessoas, incluindo crianças, foram retirados dos escombros.
Mais de 40 mil palestinos foram mortos e pelo menos 92 mil ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense no território palestino — a maioria são crianças e mulheres. Segundo a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, os bombardeios já destruíram ou danificaram 63% das estruturas na Faixa de Gaza.
* Com informações da Associated Press