Maduro diz ter “lealdade absoluta” ao povo venezuelano em meio a tensão com os EUA
Declaração ocorre no mesmo momento em que país sobre investigações dos EUA, acusações de narcotráfico e ameaça militar

Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (1) que mantém “lealdade absoluta” ao povo venezuelano, em meio ao aumento das tensões diplomáticas e militares com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Maduro discursou para uma multidão reunida em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. Ele estava acompanhado de autoridades de alto escalão do governo, durante um ato político convocado para empossar novos líderes locais do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que está no poder.
“Tenham certeza de que, assim como jurei diante do corpo de nosso comandante Chávez antes de me despedir dele, lealdade absoluta ao custo de minha própria vida e tranquilidade, juro a vocês lealdade absoluta até o além, quando pudermos viver essa bela e heroica história”, disse Maduro, referindo-se a seu antecessor Hugo Chávez. "Tenho certeza de que eu nunca lhe falharei, nunca, nunca, nunca," disse Nicolás Maduro.
Trump discutiu o tema com diretores dos EUA
Também nesta segunda, duas fontes com conhecimento do assunto disseram que Trump se reuniria com principais diretores do governo para discutir novos desdobramentos sobre a Venezuela.
A reunião ocorre após Trump confirmar, no domingo, que havia conversado com Maduro.
Assembleia da Venezuela adia sessão sobre ataques
A Assembleia Nacional da Venezuela suspendeu nesta segunda-feira uma sessão extraordinária que debateria a criação de uma comissão para investigar ataques a barcos ocorridos no Caribe e no Pacífico.
O encontro foi remarcado para terça-feira, dia tradicional de debates, segundo a assessoria do Parlamento.
A sessão havia sido anunciada pelo presidente da Assembleia, Jorge Rodríguez, após reunião com familiares de pessoas mortas nas operações. Segundo ele, o adiamento serviria para proteger as famílias envolvidas e organizar melhor os procedimentos para a análise do caso.
Desde setembro, as forças dos Estados Unidos conduziram pelo menos 21 ataques contra embarcações consideradas suspeitas de transportar drogas e 83 pessoas foram mortas nessas ações
As operações aconteceram no Caribe e no oceano Pacífico, segundo autoridades venezuelanas.








