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Justiça da Argentina anula julgamento de profissionais da saúde acusados pela morte de Maradona

Decisão ocorre após renúncia de juíza que gravava documentário dentro do tribunal; sete réus serão submetidos a novo julgamento

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A Justiça da Argentina anulou nesta quinta-feira (29) o julgamento dos profissionais de saúde acusados de envolvimento na morte de Diego Maradona. A informação foi confirmada pela imprensa local. Ao todo, sete profissionais são acusados por homicídio simples com dolo eventual, acusados de negligência médica no atendimento ao ex-jogador.

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O julgamento começou em 11 de março e já vinha sendo marcado por polêmicas, como a exibição de uma foto do corpo de Maradona logo após a morte e a gravação de um suposto documentário dentro da sala do tribunal.

Na última terça-feira (27), a juíza Julieta Makintach renunciou após a divulgação de vídeos gravados por ela no tribunal. As imagens fariam parte de uma produção chamada “Justiça Divina”, alusão ao fato de torcedores chamarem Maradona de “Deus”.

As filhas do jogador Dalma e Gianinna Maradona chegando no julgamento | Foto: Guillermo Rodríguez Adami
As filhas do jogador Dalma e Gianinna Maradona chegando no julgamento | Foto: Guillermo Rodríguez Adami

Com a renúncia de Makintach, o júri passou a ter apenas Maximiliano Savarino e Verónica Di Tommaso. O procurador-geral adjunto de San Isidro, Patricio Ferrari, e os advogados da família de Maradona solicitaram a nomeação de novos juízes, o que foi apoiado por Julio Rivas, advogado de defesa do neurocirurgião Leopoldo Luque, um dos sete profissionais de saúde acusados ​​de homicídio simples com dolo eventual.

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Apesar da anulação, a juíza Di Tommaso afirmou que o processo foi legítimo: “Para nós, foi um julgamento válido desde o início; infelizmente, a pessoa que não está aqui hoje [Makintach] não tinha as mesmas intenções”.

A Promotoria sustenta que a equipe médica foi imprudente, negligente e indiferente, deixando de agir para evitar a morte de Maradona. Os profissionais que serão julgados novamente são:

  • Leopoldo Luque – neurocirurgião
  • Agustina Cosachov – psiquiatra
  • Carlos Ángel Día– psicólogo
  • Nancy Forlini - médica coordenadora
  • Mariano Perroni – coordenador de enfermagem
  • Ricardo Almirón – enfermeiro
  • Pedro Di Spagna – clínico geral

A enfermeira Dahiana Madrid será julgada separadamente em um júri popular, conforme pedido da defesa.

Diego Maradona foi encontrado morto em uma casa alugada na Grande Buenos Aires, em novembro de 2020, aos 60 anos. A autópsia apontou parada cardiorrespiratória como causa da morte. Ele havia passado, duas semanas antes, por uma cirurgia para retirada de um coágulo no cérebro. A morte do ídolo provocou comoção nacional em plena pandemia de covid-19.

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