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China critica revogação de visto de estudantes nos EUA

Governo classificou medida como “discriminatória” e um “pretexto” para prejudicar os alunos no país

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Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning | Divulgação
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A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, criticou o plano dos Estados Unidos de revogar os vistos de estudantes chineses. Em declaração nesta quinta-feira (29), a diplomata classificou a medida como “discriminatória” e um “pretexto” para prejudicar os alunos no país.

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“Os Estados Unidos cancelaram injustificadamente os vistos de estudantes chineses sob o pretexto de ideologia e direitos nacionais. A China se opõe firmemente a isso e apresentou representações aos Estados Unidos”, disse Mao Ning. “Essa ação politizada e discriminatória expõe a mentira dos Estados Unidos de que defende a chamada liberdade e abertura”, acrescentou a porta-voz.

O plano norte-americano foi anunciado na noite de quarta-feira (28). Na ocasião, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que iria "revogar agressivamente" o visto de estudantes chineses, destacando "aqueles que têm ligações com o Partido Comunista da China ou que estudam em áreas críticas".

Rubio acrescentou que o Departamento de Estado iria “revisar os critérios de visto para melhorar o escrutínio de todos os futuros pedidos de visto da República Popular da China e de Hong Kong”.

Segundo dados do governo chinês, a China é o segundo maior país de origem de estudantes internacionais dos Estados Unidos, atrás apenas da Índia. No ano letivo de 2023-24, por exemplo, mais de 270 mil alunos estrangeiros eram chineses, representando quase um quarto do total.

Governo Trump e estudantes estrangeiros

A tensão entre o governo de Donald Trump e as universidades americanas se agravou nas últimas semanas. Na terça-feira (27), a gestão ordenou a suspensão da emissão de vistos para estudantes em todos os consulados dos Estados Unidos ao redor do mundo, visando emitir orientações atualizadas sobre a triagem de redes sociais de candidatos a vistos de estudo e intercâmbio.

A medida foi anunciada poucos dias após a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, retirar a certificação que permite que instituições de ensino patrocinem vistos para estudantes estrangeiros. A ação seria uma resposta ao suposto envolvimento dos alunos em atos de violência e protestos.

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No último dia 16, Noem havia exigido que a Universidade de Harvard entregasse os registros de seus estudantes internacionais. A instituição recusou a solicitação e, em resposta, o governo suspendeu a autorização internacional da universidade, o que impedia a manutenção de estudantes estrangeiros no campus. A medida, no entanto, foi suspensa pela Justiça, em decisão que ainda pode ser recorrida.

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