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Governo Trump intensifica embate com Harvard e ordena cancelamento de contratos de US$ 100 milhões

Medida deve afetar estrangeiros que desejam estudar nos EUA; Decisão faz parte da retaliação do governo após universidade não acatar exigências

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A mais nova investida do governo de Donald Trump contra a Universidade de Harvard veio em forma de um comunicado enviado às agências federais americanas, solicitando o cancelamento de contratos com a universidade.

O impacto imediato seria o bloqueio de cem milhões de dólares destinados à instituição. As agências federais têm até o dia 6 de junho para fornecer informações ao governo.

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Entre os contratos afetados estão pesquisas científicas para o Ministério da Saúde dos Estados Unidos e treinamentos para executivos e servidores públicos. No mês passado, a administração Trump já havia cancelado 2,2 bilhões de dólares em projetos estudantis financiados pelo governo para Harvard, que é uma universidade privada.

Outra ação recente da Casa Branca, por enquanto bloqueada na Justiça, é a tentativa de impedir a entrada de estudantes estrangeiros na universidade.

“O que eu vou perder? Sonhos, esperança e vinte anos da minha vida investidos para chegar à Harvard”, diz Walid, estudante do Egito.

Ao mesmo tempo em que o embate entre Donald Trump e Harvard se intensifica, sites e agências internacionais publicaram que o governo americano ordenou a embaixadas e consulados que suspendam novas entrevistas para quem quer tirar visto de estudante.

Em um telegrama, o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, orienta as representações diplomáticas a pausarem novas entrevistas para concessão de vistos de estudante. A medida vale enquanto o departamento avalia novas regras para inspecionar as redes sociais dos solicitantes.

Questionada, a porta-voz da diplomacia americana não negou nem confirmou a informação. “O governo não fala sobre documentos vazados, métodos internos ou casos individuais de solicitação de visto”, declarou Tammy Bruce.

O que diz o governo americano

Mais tarde, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano informou à reportagem do SBT que "o governo Trump está focado em proteger nossa nação e nossos cidadãos, mantendo os mais altos padrões de segurança nacional e pública em nosso processo de visto”.

O porta-voz informou ainda que “toda decisão sobre visto é uma decisão de segurança nacional. Todo viajante em potencial para os Estados Unidos passa por uma verificação de segurança interinstitucional. Proibir a entrada nos Estados Unidos de pessoas que possam representar uma ameaça à segurança nacional ou pública dos EUA é fundamental para proteger os cidadãos americanos em seu país”.

Sobre o agendamento de entrevistas para visto de não-imigrante, o o porta-voz disse se tratar de um processo dinâmico. “A capacidade de uma embaixada ou consulado reflete o tempo necessário para que os funcionários consulares julguem os casos perante eles em total conformidade com a lei americana, inclusive para garantir que os requerentes não representem um risco à segurança ou à proteção dos Estados Unidos”.

Ao SBT, o porta-voz também afirmou que “desde 2019, o Departamento de Estado exige que os requerentes de visto forneçam identificadores de mídia social nos formulários de solicitação de visto de imigrante e não imigrante. Utilizamos todas as informações disponíveis em nossa triagem e verificação de vistos. Todos os requerentes de visto, independentemente do tipo e de sua localização, são continuamente verificados. A verificação de segurança ocorre desde o momento de cada solicitação, passando pela adjudicação do visto, e posteriormente durante o período de validade de cada visto emitido, para garantir que o indivíduo permaneça elegível para viajar aos Estados Unidos”.

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