Israel lança "ataques extensos" para pressionar por libertação de reféns neste sábado (17)
Pelo menos 70 pessoas morreram devido às ofensivas israelenses em Gaza, segundo a imprensa internacional
Giovanna Tuneli
Israel afirmou que lançou uma grande operação com "ataques extensos" na Faixa de Gaza, neste sábado (17), para pressionar o Hamas a libertar os reféns restantes. De acordo com informações das equipes de resgate no local, os bombardeios resultaram em 70 vítimas fatais, dentre elas quatro crianças. As novas ofensivas aconteceram após dias de ataques no território palestino que mataram cerca 300 pessoas.
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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu aumentar a pressão com o objetivo de destruir o grupo que governa Gaza há quase duas décadas.
Militares israelenses informaram, nas redes sociais, que estavam intensificando os ataques e exercendo "uma tremenda pressão" sobre o Hamas em Gaza, e não parariam até que os reféns fossem devolvidos e o grupo, derrubado. O país acredita que 23 reféns ainda estejam vivos.
A operação aconteceu um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concluir sua viagem ao Oriente Médio sem visitar Israel. A expectativa era de que o líder norte-americano conseguisse um acordo de cessar-fogo entre o governo israelense e o Hamas ou uma ajuda humanitária a Gaza.
As negociações entre Israel e o Hamas ainda não avançaram em Doha, capital do Catar. Para pôr fim à guerra, o grupo palestino pede a retirada das forças israelenses de Gaza, o que não é rechaçado por Israel.
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O chefe da ONU, Antonio Guterres, comunicou que a organização não participará de nenhuma operação de ajuda em Gaza que não respeite o direito internacional e os princípios humanitários. Enquanto isso, o Centro Al Mezan para os Direitos Humanos alertou que Israel está avançando com seus planos de "intensificar o genocídio" contra os palestinos, com expansão de sua ofensiva militar.