Israel diz que está investigando se principal líder do Hamas foi morto em Gaza
Yahya Sinwar teria orquestrado ataque de 7 de outubro de 2023
O exército de Israel afirmou nesta quinta-feira (17) que está verificando se o principal líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto em uma operação militar na Faixa de Gaza, enquanto um ataque aéreo israelense em uma escola que abrigava palestinos deslocados matou pelo menos 15 pessoas, incluindo cinco crianças.
Em comunicado, o exército israelense alega que três combatentes foram mortos durante operações em Gaza, sem especificar onde ou dar mais detalhes. Afirmou que as identidades dos três ainda não foram confirmadas, mas que estava "verificando a possibilidade" de que um dos três fosse Sinwar.
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Sinwar teria sido um dos principais arquitetos do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, e Israel prometeu matá-lo desde o início de sua campanha de retaliação em Gaza. Ao longo da guerra, Sinwar permaneceu escondido.
Ele foi escolhido como líder máximo do Hamas após o assassinato de Ismail Haniyeh em julho, em um aparente ataque israelense na capital iraniana, Teerã. Israel também afirmou ter matado o chefe da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, em um ataque aéreo, mas o grupo disse que ele sobreviveu.
O relatório surgiu enquanto as forças israelenses continuavam um ataque aéreo e terrestre, que já durava mais de uma semana, no campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, onde a escola Abu Hussein foi atingida nesta quinta-feira (17). O cerco de Israel ao norte de Gaza é criticado pela comunidade internacional e até mesmo pelos Estados Unidos.
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Segundo a ONU, não entra qualquer comida ou água na região desde 30 de setembro. Também faltam insumos médicos e os poucos hospitais que ainda continuam em funcionamento estão com dificuldade para tratar os civis feridos nos ataques de Israel.
"Muitas mulheres e crianças estão em estado crítico”, disse Fares Abu Hamza, chefe da unidade local de emergência do Ministério da Saúde de Gaza.
A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza já matou mais de 44 mil palestinos e o número de feridos se aproxima de 100 mil.