Ataques aéreos de Israel matam 27 pessoas em 24 horas no Líbano
Entre os mortos está um prefeito, em um ataque direcionado contra uma reunião para coordenar esforços de socorro
Ataques aéreos israelenses atingiram diversas regiões do Líbano, deixando ao menos 27 mortos nas últimas 24 horas, informaram autoridades locais nesta quarta-feira (16). Entre as vítimas, mais de uma dúzia estava na cidade de Qana, no sul do país.
O exército israelense afirmou que os ataques de terça-feira (15) à noite tinham como alvo Jalal Mustafa Hariri, comandante do Hezbollah, responsável pela área de Qana. No entanto, entre as vítimas também estavam civis.
A cidade de Qana carrega um histórico doloroso de bombardeios. Em 1996, um ataque de artilharia israelense a um complexo da ONU, que abrigava civis deslocados, matou ao menos 100 pessoas. Já em 2006, um bombardeio israelense a um prédio residencial tirou a vida de cerca de 30 pessoas, um terço delas crianças.
Em outra parte do sul do Líbano, o prefeito da cidade de Nabatiyeh foi uma das vítimas em um ataque que, segundo autoridades, tinha como alvo uma reunião destinada a coordenar esforços de socorro. O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, acusou Israel de direcionar intencionalmente o ataque, que matou seis pessoas. “Que solução pode ser esperada diante dessa realidade?”, questionou ele em uma declaração oficial.
Os ataques se estenderam por outras regiões do Líbano, incluindo o Vale do Bekaa. O exército israelense afirmou que os bombardeios miraram centros de comando e depósitos de armas do Hezbollah, localizados em áreas civis. De acordo com a unidade de resposta à crise do Líbano, 138 ataques aéreos e bombardeios foram registrados na quarta-feira.
Ainda segundo o exército israelense, o Hezbollah lançou mais de 90 projéteis contra Israel no mesmo dia. O serviço de resgate israelense Magen David Adom relatou que quatro civis ficaram feridos.
*com informações da Associated Press
