Israel adverte Irã sobre ataques em áreas residenciais: "Se continuar, Teerã vai queimar"
Países entraram no segundo dia de conflito direto; mortes somam 3 em Israel e mais de 60 no território iraniano

Camila Stucaluc
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiu um comunicado, neste sábado (14), advertindo o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, sobre o aumento das hostilidades entre os países. No texto, o político alertou que “Teerã vai queimar" se continuar disparando mísseis contra áreas civis.
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"O ditador iraniano está tomando os cidadãos iranianos como reféns, criando uma realidade na qual eles, e especialmente os moradores de Teerã, pagarão um alto preço pelos danos flagrantes infligidos aos cidadãos israelenses. Se Khamenei continuar disparando mísseis contra a retaguarda israelense, Teerã vai queimar", disse Katz.
A declaração do ministro vem após os países entrarem no segundo dia de confronto direto. Tel Aviv iniciou os bombardeios na quinta-feira (12), acusando Teerã de manter um programa secreto para desenvolver armas nucleares e estar “próximo” de conquistar seu primeiro equipamento nuclear.
Durante a madrugada, mísseis foram disparados de ambos os lados. Em Israel, os projéteis atingiram áreas residenciais em Ramat Gan e Rishon Lezion, ao leste e sul de Tel Aviv, respectivamente, deixando três mortos e pelo menos 82 feridos. No Irã, a mídia fala em mais de 60 óbitos, sendo 20 crianças.
Pelas redes sociais, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, disse estar alarmado com o aumento da hostilidade no Oriente Médio. Ele pediu calma aos países, ressaltando que a comunidade internacional “deve agir urgentemente para diminuir a escalada [do conflito] e evitar mais danos aos civis".
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Na publicação, o diplomata não abordou a ameaça do Irã de atingir bases e navios do Reino Unido na região se militares britânicos ajudassem a interceptar ataques iranianos a Israel. A mesma ameaça foi feita aos Estados Unidos e à França, que haviam sinalizado apoio ao governo de Tel Aviv.