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Irã ameaça reagir se sanções econômicas da ONU forem retomadas

Teerã critica potências europeias por ameaças de retomar punições previstas no acordo nuclear de 2015 e diz que tomará medidas proporcionais se for pressionado

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Bandeira do Irã | Reprodução/Reuters
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O Irã declarou nesta segunda-feira (14) que reagirá a qualquer tentativa de reimpor sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre seu programa nuclear. A afirmação foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baghaei, durante uma coletiva de imprensa. Ele não detalhou quais medidas o país pode adotar, mas classificou a ameaça como injustificada.

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"A ameaça de usar o mecanismo snapback carece de base legal e política e será respondida de maneira apropriada e proporcional pela República Islâmica do Irã", disse Baghaei.

A declaração é uma reação à possibilidade de que potências europeias recorram ao chamado mecanismo snapback, dispositivo do acordo nuclear de 2015 que permite a retomada automática das sanções da ONU caso o Irã seja acusado de descumprimento significativo.

Segundo uma fonte diplomática francesa ouvida pela agência Reuters na semana passada, França, Reino Unido e Alemanha avaliam acionar o mecanismo caso não se chegue a um novo entendimento que garanta a segurança europeia.

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O Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês), assinado em 2015 entre Irã, Reino Unido, Alemanha, França, Estados Unidos, Rússia e China, estabeleceu restrições ao programa nuclear iraniano em troca do fim de sanções econômicas. Caso as partes signatárias não consigam resolver disputas, o snapback pode ser acionado no Conselho de Segurança da ONU.

O Irã, no entanto, acusa os países europeus de violarem suas obrigações: "Eles mesmos cometeram violações graves e fundamentais do acordo e, por isso, não têm legitimidade legal ou moral para usar esse mecanismo", disse o porta-voz.

Irã x Ocidente

Países ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver uma arma nuclear, o que o governo iraniano nega repetidamente. Em 2018, o então presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo e o classificou como "fraco". Desde então, tensões se intensificaram.

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Após o cessar-fogo que pôs fim à guerra de 12 dias entre Irã e Israel no mês passado, Trump pediu a Teerã que retome as negociações em torno de um novo acordo.

Questionado sobre uma possível reunião entre o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, e o enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, Baghaei afirmou que ainda não há data ou local definidos para a retomada das negociações com os Estados Unidos.

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