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Integrante do Departamento de Estado dos EUA diz que Moraes “destruiu o relacionamento historicamente próximo do Brasil"

Em uma publicação, Christopher Landau afirma que os EUA estão em um “beco sem saída”, mas querem retomar a amizade histórica com o Brasil

Imagem da noticia Integrante do Departamento de Estado dos EUA diz que Moraes “destruiu o relacionamento historicamente próximo do Brasil"
O ministro do STF Alexandre de Moraes | Rosinei Coutinho/STF
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Washington DC - Sem citar nominalmente Moraes, o vice-secretário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, número dois da diplomacia norte-americana, Christopher Landau, fez um duro comentário neste sábado (9) sobre as relações diplomáticas entre EUA e Brasil e como, segundo o governo norte-americano, o juiz do STF, recém-sancionado pelo Departamento de Tesouro, contribuiu para o distanciamento desse contato entre nações.

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“A separação de poderes entre os diferentes ramos do governo é a maior garantia de liberdade já concebida pela mente humana. Nenhum ramo, ou pessoa, pode acumular poder demais se controlado pelos outros. Mas uma separação formal de poderes não significa nada se um ramo tiver meios de intimidar os outros a abrir mão de suas prerrogativas constitucionais”, disse o diplomata formado em direito em Harvard e ex-embaixador do México, em sua conta oficial do X (antigo Twitter).

O diplomata, que atua no Departamento comandado por Marco Rubio, ainda afirmou: “O que está acontecendo agora no Brasil ressalta este ponto: um único ministro do Supremo Tribunal Federal usurpou o poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros ramos, ou suas famílias, com prisão, encarceramento ou outras penalidades”.

“Essa pessoa destruiu o relacionamento historicamente próximo do Brasil com os EUA, entre outras coisas, tentando aplicar a lei brasileira extraterritorialmente para silenciar indivíduos e empresas em solo americano. E a situação é inédita e anômala justamente porque essa pessoa veste uma toga judicial: enquanto sempre podemos negociar com líderes dos poderes executivo ou legislativo de um país, não há como negociar com um juiz, que deve manter a pretensão de que todas as suas ações são ditadas pela lei. Assim, nos encontramos em um beco sem saída, onde o usurpador se encobre no Estado de Direito e os outros poderes insistem que são impotentes para agir. Se alguém puder pensar em um precedente na história da humanidade em que um único juiz não eleito tenha assumido o controle do destino de sua nação, por favor, nos avise. Queremos retomar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!”, disse Landau.
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